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As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

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O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Ventor entre as Flores

22.05.05

A Tasca do Carrasco


Ventor

Um dia, do ano passado, escrevi aqui sobre a Tasca do meu amigo Carrasco. Falava da Tasca. Talvez um dia o meu Quico complete melhor no seu Site o que foi a Tasca do Carrasco. Talvez até o meu amigo Carrasco faça aqui um comentário sobre a sua Tasca. Quem sabe?! Acho que S. Pedro já tem tudo informatizado! Mas, há dias, entrei no Google e apanhei lá a minha Tasca do Carrasco e foi através do Google que eu apanhei o comentário da minha prima Alice a mais jovem filha das quatro que o Carrasco ajudou a colocar neste Mundo.

A propósito, Carrasco não é o seu nome, mas é nome que enraíza na sua família. Contudo ele, para nós, enquanto houver memória, será sempre o Manuel Carrasco! O Manel! O Carrasco! Então, aqui fica o comentário da Alice, que em terras de França, não esquece a sua aldeia e até chegou ao meu Blog. Também aqui deixou a receita do Bolo da Pedra ou, como ela diz, o Bolo da Lasca da Saudade!

«Foi com muito gosto e sobretudo saudades que li o teu Blog. Mesmo longe estais sempre no meu coração. É triste que as tascas acabem mas o mais insuportável é que hoje em dia há cada vez menos gente como o Carrasco nas nossas aldeias. O Carrasco ajudava com a sua força, com o seu coração, com a sua carteira, todos os que lhe batiam à porta. Sem contar o Pronto Socorro a toda a hora do dia e da noite. Obrigado pelo que escreves sobre o Carrasco e sobretudo nunca esqueças haver sempre um copo a beber no local da Tasca e bolo da lasca e tenho a certeza que nesses momentos o teu verdadeiro amigo estará connosco.

Só morre quem esquece, os que recordarmos estarão sempre connosco sem esquecer o tio João e a sua serenidade. Um enorme beijo para ti e todos os teus e até breve, voltaremos à Pedrada. Bem hajas pelo que escreveste sobre a Tasca e o Carrasco». Agora aqui fica a receita:

«Aqui escrevo a receita do "Bolo da Pedra da Saudade". É a receita do Norte, especialmente das Freguesias de Soajo e da Gavieira. Para seis pessoas.

«Primeiro, fazer um braseiro de preferência numa lareira ou como se diz na minha aldeia, no "borralho". De seguida, misturar num recipiente um quilo de farinha milha e 500gr de farinha centeia. Depois de bem misturadas as farinhas, amassar, juntando pouco a pouco 1L de água a ferver, temperada com sal. Uma vez amassada, colocar a massa por cima de uma pedra lascada que se aqueceu no braseiro até branquear. De preferência, uma pedra da serra de Soajo, precisamente da Pedrada ou da Serrinha, mas também se encontram no Muranho.

Deixar cozer lentamente face ao braseiro, cerca de uma hora. Despegar o bolo da lasca, da pedra, parti-lo aos bocados e comê-lo repartindo-o com os amigos, acompanhando-o com sardinha assada, trutas do rio de Adrão, bogas do rio da Peneda ou cozido à soajeira. Tudo isto regado de algumas garrafinhas do verde de Ponte da Barca ou da adega dos amigos.

Daí bem o nome (Bolo da Lasca da Saudade). Bom apetite e coragem para o fazer»! Enviado pela Alice do Carrasco, em Agosto 26, 2004 06:49 PM

Claro que eu aceito, desde já, o convite para uma fatia de Bolo da Lasca da Saudade acompanhado com sardinhas. O vinho fica por minha conta! Beijinhos para a Alice se me ler e para a Judith e um grande abraço para o Manel. Acho que vamos subir à Pedrada outra vez!


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

21.05.05

O Tejo nossa veia cava


Ventor

Ontem caminhei três horas por Belém. Fui aos meus pastéis, olhei o tejo e, como sempre fico deslumbrado com a sua paisagem e com os seus monumentos. Tirei 220 fotografias a caminhar entre turistas, também entusiasmados. Mas eles são visitantes, nota-se que gostam da bela Lisboa pelo seu sorriso, pelas suas expressões ávidas de conhecer e eu que sou da casa, nunca me encho!

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Pormenor do Pavilhão dos Descobrimentos num belo dia de sol e algumas nuvens

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Eles fizeram a sua Grande Caminhada juntos, levantaram padrões, descobriram mundos ...

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Deixaram-nos monumentos e o Tejo ficou adornado de belezas sem fim. Fico ali a olhar, a olhar, e chego à conclusão que eram mesmo grandes os nossos antepassados. Eles tinham um objectivo e alcançaram-no! Nós hoje não temos objectivo nenhum a não ser o subsídio! É um pensamento comum e talvez a palavra mais utilizada em Portugal! ... Pedinchice!

Foi este o objectivo que nos incutiu a ressaca surgida do 25 de Abril! Ouço os nossos políticos da esquerda à direita. Há anos que observo as suas expressões quando discursam, quando dialogam, quando se engalfinham e pergunto-me a mim mesmo: "será que esta malta alguma vez teve vergonha"?


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

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