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As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

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O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Ventor entre as Flores

28.06.05

Vem aí o S. Pedro


Ventor

Passou o Sto. António e o S. João, e não me parece que tenha havido grandes divertimentos nas ditas festas popuçares. Eu vi, na TV, as marchas descer a Avenida da Liberdade, mas as caras presentes são sempre as mesmas! Os bairros esfalfam-se a tentar divertir-nos nesta anarquia política, todos vão dando umas coroas para manter essa espécie de tradição de conveniência. Linda por acaso, e não sou nem deveria ser contra a que o povo mais triste da Europa, segundo conveniência de uns e dos mais alegres segundo a conveniência de outros, se divirta.

Mas as caras dizem-nos tudo. As caras dos padrinhos, as caras nas bancadas, tornam-se tão rotineiras que não me parece que haja outra opção. As bancadas da Avenida foram tomadas de assalto, já há alguns anos, sempre pelas mesmas caras. Não vou falar delas porque todos as conhecem, mas também não sou candidato a destroná-las. Apenas falo delas para vos dizer que são sempre os mesmos a divertir-se. Ou melhor, a aproveitar os divertimentos dos outros!

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Olha bem Marquês, como a malta se diverte, e como há tantos a aproveitar-se disso. Mas, eu sei, eu sei, que tu daí também saberás apreciar as festas do nosso S. António.

Nas marchas populares de Lisboa houve quem abancasse, tal como na política! Nesta, uma espécie de castas assenhorou-se do prato de lentilhas, só que o raio do prato já só se lhe vê o fundo e lentilha aqui e ali. Lentilhas dera-as Deus! Mas os golutões gulosos olham as lentilhas com olhos esbugalhados não vá alguém fazer rodar o prato para apanhar o máximo. Agora, a cambada do costume parece que não usa garfos para não se espetarem! Serão capazes de não se espetar?? Convido-vos a esperarem e a observar!

Mas as minhas recordações estão com o S. João. Era tempo de banho e não calculam como a minha gotinha se desviava da malta! As raparigas tinham mesmo de ir ao rio! Os rapazes levamvam-nas à força. E se não fossem ao rio era no meio da calçada, dos trilhos, da rua que levavam com um recepiente de água pela cabeça abaixo! Pelo S. João não se podia ser mulher em Adrão! Até rima! Mas havia outras nuances!

Os carros de bois, também iam ao rio! Era para lhe fazer inchar os eixos! Tenho na mente o ti Brasileiro, um grande amigo meu, mas por azar já entrado na idade e a tentar enfrentar os putos reguilas que nós éramos! Disse-me que o carro dele não iria ao rio pois iria dormir junto dele, no palheiro. E foi mesmo!

Quando íamos buscar o carro, ele mandou uma grande vergastada com a sua vara de carvalho no carro e nós só paramos o mais longe possível. Depois veio a estratégia do Ventor. Era tão simples!

"Ele pensa que nós nunca mais lá voltamos, por medo, mas quem tem medo fica em casa e nós ainda estamos cá fora. Seguimos no retrocesso e entramos na corte silenciosos como leopardos à caça. Resultou!

O Ti Brasileiro (por ter estado no Brasil), português de Adrão, não segurou as pestanas e convicto que nós não voltávamos, por medo, foi dormir no palheiro no meio do feno. Chegamos e pegamos no carro, silenciosamente, e ele só deu por isso quando já íamos a sair a porta da corte. Já só apanhou o carro no rio, junto à ponte de Adrão, de molho, pois claro! Isto sim, era tradição! Era uma beleza o nosso S. João".

Depois, no caso das moças, elas eram muitas vezes protegidas pelas mães. Azar! A água chegava para as duas! Viva o S. João!

PS. - Ainda hoje tenho na retina os raminhos de S. João. Umas florzinhas azuis, redondinhas que nasciam nos socalcos das nossas lavouras. Para minha infelicidade, ainda não foi este ano que fui matar saudades delas!


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

25.06.05

Os almoços


Ventor

Pura coincidência ou não, ainda não vai ser desta que vou conhecer as mais jovens das minhas amigas, encontradas via Net! Especialmente a Formiguinha e Grilinha a quem espero que corra tudo bem, uma vez que não diz nada e o Sto. António já acabou há uma eternidade. Não sei quem vai a esse almoço, mas só gostaria de vos dizer que ainda tive esperanças de participar nele a vosso lado. Talvez um dia isso se venha a proporcionar. No entanto, há deveres familiares e de grande amizade que se sobrepõem a certos eventos por muito importantes que sejam. Iremos ter outras oportunidades, certamente!

Um dia convidei um amigo que não conhecia a não ser em circunstâncias semelhantes a estas nossas actuais a vir a minha casa. Lanchamos ele, a mulher e a filhota, eu e a minha mulher. Mas verifiquei que ele ficou desapontado por eu não ter lá o Quico. Se soubesse, nessa altura, o que sei hoje, teria vindo buscar o Quico à Amadora, pois não sabia que não viríamos a ter outra oportunidade em tanto tempo. Mas o Mundo dá muitas voltas e se essa oportunidade ainda não apareceu, certamente que ainda se proporcionará, com o Quico. Ainda ando com essa atravessada!

Mas a nossa vida moderna é difícil. Por umas e outras razões, muito difícil! Nem sempre corre como nós queremos. Como disse à Formiguinha estarei um pouco a Norte de Santarém, mas estarei também convosco. Vou ter uma festa de arromba e espero que a vossa seja igual à minha, pelo menos na forma como ela está programada e que espero se concretise. Gosto muito da minha família e ela vai estar muito bem representada neste dia para festejarmos os anos de alguém que muito merece e eu não poderia faltar. Foi tudo organizado de repente e antes eu pensei que poderia estar no vosso almoço e na outra parte, à noite, aqui na Amadora. Mas tudo mudou, de repente, e a festa foi levada para longe. Daí, eu nunca me comprometer! Só o faço pela certa e, mesmo assim, às vezes, falho! Para todas as que estiverem no almoço da Formiguinha, beijinhos, meus e do Quico. Para todos que estejam presentes, abraços. Deixo-vos aqui uma flor a que costumo chamar ...

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 ... bandeiras ao alto! Ela é nossa companheira de caminhada nas margens das estradas. Um belíssimo almoço para vocês.


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

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