Olá, Amigos!
Hoje estive convosco e apenas eu e vós estivemos presentes, por longo tempo.
Depois chegaram aqueles que vos guardam e vos honram para substituir os que vos guardavam e vos honravam. Os seus passos, no chão de pedra, faziam-me lembrar os vossos passos, a sua galhardia fazia-me lembrar a vossa, mas tudo está diferente. Nós tínhamos alma! De qualquer maneira eu vi-os render a guarda, a vossa guarda e acredito que o sentimento deles, desta nova juventude que substituiu a nossa, seria igual ao meu, com a diferença de que eu estive lá, no terreno, no ar, e sulquei os nossos mares!
Isso, só por si, leva-me a pensar que nada é como dantes! Nós, os que ficamos, choramos os companheiros que partiram antecipadamente, conhecemos as suas agruras e sabemos como dói! A dor da perda em combate é terrível, a dor por nos deixarem é enorme, a dor dos que ficaram, dos vossos familiares, ainda será, certamente, incomensurável. Por isso, de vez em quando eu desfilo perante a vossa memória e não vos esqueço. Sempre que posso eu presto-vos a minha homenagem, simples, singela, mas cheia de dor por não vos poder ter comigo, por não voltarmos a beber os nossos scotches em tempo de paz, como os bebemos em tempos de guerra. Assim para os que não conhecem, deixo aqui o vosso monumento, para a eternidade e para que ninguém esqueça todos aqueles que deram tudo que tinham por nada.
Recordar-vos e honrar-vos, é obrigação de todos
Olá, Alf. Paixão
Olá Costa
Olá, Major Rolando Mantovani! Olá a todos os que fazem parte do Mural
Esta é a chama que se pretende perene
Esta é a bandeira que serviram e pela qual tudo deram
Estes são pormenores do monumento com que pretenderam homenagear-vos
Ele é uma das minhas salas de visitas, desta nossa bela Lisboa e é aí que eu vos mostro a minha presença, mas estou sempre convosco. Agora vai passar por nós e por vós, mais um Natal e mais uma vez eu verterei por todos vós mais uma lágrima de dor recordando os dois Natais que passamos juntos nas lindas terras de África. Seria lindo eu acreditar na esperança de nos voltarmos a encontrar nesse local a que chamamos Céu! Eternamente convosco, Ventor