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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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Olá, Amigos!

Hoje estive convosco e apenas eu e vós estivemos presentes, por longo tempo.

Depois chegaram aqueles que vos guardam e vos honram para substituir os que vos guardavam e vos honravam. Os seus passos, no chão de pedra, faziam-me lembrar os vossos passos, a sua galhardia fazia-me lembrar a vossa, mas tudo está diferente. Nós tínhamos alma! De qualquer maneira eu vi-os render a guarda, a vossa guarda e acredito que o sentimento deles, desta nova juventude que substituiu a nossa, seria igual ao meu, com a diferença de que eu estive lá, no terreno, no ar, e sulquei os nossos mares!

Isso, só por si, leva-me a pensar que nada é como dantes! Nós, os que ficamos, choramos os companheiros que partiram antecipadamente, conhecemos as suas agruras e sabemos como dói! A dor da perda em combate é terrível, a dor por nos deixarem é enorme, a dor dos que ficaram, dos vossos familiares, ainda será, certamente, incomensurável. Por isso, de vez em quando eu desfilo perante a vossa memória e não vos esqueço. Sempre que posso eu presto-vos a minha homenagem, simples, singela, mas cheia de dor por não vos poder ter comigo, por não voltarmos a beber os nossos scotches em tempo de paz, como os bebemos em tempos de guerra. Assim para os que não conhecem, deixo aqui o vosso monumento, para a eternidade e para que ninguém esqueça todos aqueles que deram tudo que tinham por nada.

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Recordar-vos e honrar-vos, é obrigação de todos

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Olá, Alf. Paixão

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Olá Costa

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Olá, Major Rolando Mantovani! Olá a todos os que fazem parte do Mural

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Esta é a chama que se pretende perene  

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Esta é a bandeira que serviram e pela qual tudo deram

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Estes são pormenores do monumento com que pretenderam homenagear-vos

Ele é uma das minhas salas de visitas, desta nossa bela Lisboa e é aí que eu vos mostro a minha presença, mas estou sempre convosco. Agora vai passar por nós e por vós, mais um Natal e mais uma vez eu verterei por todos vós mais uma lágrima de dor recordando os dois Natais que passamos juntos nas lindas terras de África. Seria lindo eu acreditar na esperança de nos voltarmos a encontrar nesse local a que chamamos Céu! Eternamente convosco, Ventor

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Os meus reguilas

Ontem passei o dia com os meus reguilinhas.

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Bebemos o café e não só, junto ao Pai Natal, ali também a tomar o seu café e a comer uma bolacha, na montra, a nosso lado, a olhar para nós! A Joana dizia-me que queria ir para casa do Tomás e conseguiu-o. Depois, no café, disse que queria que fossemos todos almoçar juntos e também conseguiu! É uma felicidade proporcionar a felicidade a estas coisinhas tão frágeis!

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No café brincaram, jogaram, animaram e … notava-se a presença do Natal.

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Depois, no jardim, continuaram a brincadeira até se esfalfarem!

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Entretanto o Pai Natal trepava, pela varanda, à casa do Tomás, para levar o saco verde cheio de esperanças, onde o Quico meteu alguns sonhos.

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O Tomás foi a casa ver se já havia prendas e mostrar umas coisas à Joana e veio, todo feliz, com um garrafão de água de Luso vazio para colocar no lixo, todo satisfeito da vida por estar na companhia da prima e saber que íamos almoçar todos juntos.

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Tão pequenos e já sabem que só conseguirão obter êxito com um bem planeado trabalho de equipa.

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Depois do almoço, no computador do avô, ele faz os seus jogos preferidos e, de vez em quando, dá uma olhada nos Blogs do Quico e do Ventor, quando eu lhos mostro. Para eles e todas as crianças do Mundo, seria muito bom se todos conseguissem ser felizes. A Joana já andou a fazer uma triagem dos seus brinquedos para oferecer àqueles que, segundo ela diz, não os têm. Bom Natal.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Caminhar nas Montahas ...

... de Soajo

Recebi um e-mail de um dos meus amigos encontrados na Net (esta é outra forma de Caminhada), que me dizia da imprudência de uns quantos que gostam de calcorrear montanhas e, para tal, escolheram os trilhos da minha serra!

O e-mail rezava assim: Caro Ventor; As tuas montanhas são lindas, mas por vezes pregam partidas. É bom que assim seja, pois nem toda a gente que as visita tem cabeça para as calcorrear. Deixo em anexo notícias do Soajo Um abraço,

Ora eu, incentivo todos os incautos a calcorrear as minhas Montanhas Lindas, mas pelo Verão fora e, mesmo assim, para os leigos, com muita prudência porque, por lá, até no Verão pode haver nevoeiros cerrados. Pouco provável, mas possível! Na serra de Soajo, quando os nevoeiros chegam, é a valer!

Eu já lá andei perdido muitas vezes (quase sempre no Outono) quando os gados se arrastavam para regressar a casa e garanto-vos que sempre soube para que lado ficava o Norte! Para tal é necessário conhecer não os trilhos mas tudo! Os trilhos, as rochas, as moitas de tojo, de urze, os espaços de fetos, onde os gados se deitam – poulos – as nascentes, o correr das águas!

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Flores da carrasca

Assim podemos encontrar o ponto cardeal pretendido! Por isso meus amigos, se tiveram vontade de calcorrear as minhas montanhas lindas, façam-no com sol. Subam ao Poulo dos Bicos, idos do Mesio, de Travanca ou de Soajo, ou subam à Pedrada por Adrão, com caminho pela Portela (aquele monte que divide as águas entre Adrão e os vales da Peneda), aos Cortelhos do Muranho atravessando antes, toda a Naia!

Bebam água na fonte da Naia. Subam ao Muranho e bebam água na sua nascente, subam a encosta que se debruça sobre o Muranho, pelo lado da Serrinha (é mais fácil) depois, encostem à esquerda para atingirem o Alto da Derrelheira. Apreciem os vales de Bordença, de Adrão, da Assureira e apreciem as montanhas opostas, o Gondomil, a Cascalheira, a serra Amarela, montanhas de Espanha (com Olelas em frente do nariz) todas as Montanhas Lindas do Ventor, em volta!

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Urzes que podiam ser das minhas Montanhas Lindas

Depois virem-se para a Pedrada e sigam até à nascente da Corga da Vagem, bebam água, sigam corga acima, até à Fonte das Forcadas. É lá que nascem as primeiras águas do rio Ramiscal. Se não tiverem o céu limpo, não podem apreciar nada. Se o céu estiver límpido, como já devem calcular, poderão encontrar paisagens paradisíacas. Da Fonte das Forcadas, podem torcer rumo ao Alto da Pedrada deixando a Seida à vossa direita e, dali, podem até apreciar a Senhora do Sameiro, o Bom Jesus, os cabeços da Falperra e, se gostarem, apreciar o cheiro do iodo que parte do mar até atingir as Montanhas Lindas do Ventor.

 Nos meses de Outono e na Primavera, podemos apreciar os nevoeiros baixos sobre os vales e fazermos caminhar a nossa vista sobre eles apreciando o lado contrário em frente do nariz!

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Moitas de tojo - beleza amarela  

Sempre que caminharem na minha serra, lembrem-se que o Ventor caminhou nela, ainda de cueiros!

---------------------------------------------------------------------------------- Eis as Notícias! 17 horas na neve do Soajo!

Grupo de amigos perdeu-se em tempestade de neve. Foram os bombeiros que os encontraram

Um grupo de sete montanhistas de Braga andou perdido durante cerca de 17 horas na serra do Soajo, Arcos de Valdevez, tendo sido descoberto e resgatado ao final da tarde de ontem, por bombeiros do concelho. Chuva, vento e nevoeiro foram os grandes inimigos da jornada. "Nunca mais vou esquecer este pesadelo", afirmou, ao JN, um dos participantes da aventura, todos amigos e amantes da Natureza e do montanhismo.

Chegaram cerca da meia-noite ao parque de campismo da Travanca, em Cabana Maior, de onde partiram para um abrigo de pastores, em Brandas de Brudença, a cerca de 90 minutos de caminho do local onde deixaram os carros. Depois, andaram mais hora e meia e perderam-se. Nunca chegaram a atingir o refúgio, nem orientar-se na montanha. Andaram perdidos e, segundo os cálculos do comandante dos bombeiros, Mário Araújo, terá percorrido mais de uma centena de quilómetros pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês.

As primeiras pessoas que tornaram a ver foram os voluntários arcuenses, não antes de o grupo se ter separado em dois, já de manhã, devido ao espesso nevoeiro. "O nevoeiro era intenso. Não se via um palmo à frente do nariz. Foi uma sensação incrível", disse ao JN, Sérgio Luís, professor de Biologia, ainda mal refeito do susto e depois de um reconfortante banho no quartel dos bombeiros.

"Quando nos perdemos, ficámos com uma sensação incrível. A desorientação foi grande. Por momentos pensei no pior. O tempo passava, o cansaço ia subindo e a fome também. E a chuva alagou o calçado", contou Alexandre Lopes Ribeiro.

Uma longa jornada. Outro caminhante, Manuel Silva, 43 anos, estava cansado quando chegou ao quartel. "Foi muito duro. Ao fim de algumas horas, perdi a noção do tempo. Já tinha ido aos picos da Europa, mas desta vez correu tudo ao contrário. Não vou esquecer quando vi uma casa na montanha e asfalto. Tinha chegado à civilização", gracejou.

Enquanto matava a fome, José Estrada, 38 anos, fazia outras contas à aventura. "Sempre confiei nos guias, uma vez que alguns participantes conheciam os trilhos. Mas depois de algum tempo, surgiram as hesitações e ficámos perdidos", reforçou. Da mesma opinião partilha Manuel Coutinho, 38 anos, para quem o pior foi a humidade durante a noite: "Vim preparado para o frio e encontrámos muito gelo. Nunca contei passar a noite ao relento. Foi horrível", disse.

Igualmente feliz por "tudo ter terminado em bem" ficou o comandante dos bombeiros. "Felizmente, as coisas acabaram por ter um final feliz. Mas foi muito complicado localizar os homens. Apanhámo-los a mais de 20 quilómetros do local de onde tinham deixado os carros", disse Mário Araújo. Nas buscas efectuadas estiveram envolvidos 13 bombeiros e quatro viaturas, cães da Brigada Cinegética da GNR de Valença do Minho e também vários jipes da Associação Rottarcos, de Arcos de Valdevez.

Passo a passo.

Meia-noite. Chegada dos montanhistas ao Parque de Campismo.

Uma hora depois, perdiam-se na serra.

9-10 horas. Bombeiros recebem primeiro pedido de socorro.

10 horas, têm início operações de busca. 14.15 horas: Protecção Civil reforça buscas;

15.15 horas. Grupo de dois é encontrado a cerca de um quilómetro do local onde haviam deixado as viaturas.

17 horas. Outro grupo é encontrado a 20 quilómetros de Cabana Maior. Quem é quem.

Sérgio Luís, 38 anos, professor de Biologia, fazia parte do segundo grupo. Alexandre Lopes Ribeiro, 40 anos, operador de caixa num hipermercado (segundo grupo).

Manuel Coutinho, 38 anos, mecânico (segundo grupo).

José Estrada, 38 anos, empregado comercial (segundo grupo).

Manuel Silva, 43 anos, empregado da restauração (segundo grupo).

José Manuel Resende, 43 anos, fazia parte do primeiro grupo encontrado.

Paulo José Lopes, 29 anos (primeiro grupo).

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira