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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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Ouriço Cacheiro ...

... na sua caminhada virtual!

Há muitos anos atrás, apanhei um ouriço cacheiro.

Estavam dois cães a chateá-lo. Um pastor alemão e um cachorrão de raça Castro Laboreiro.

Eu apanhei o bichinho com umas luvas de apanhar silvas e outras coisas do género e brinquei com ele, dividindo com ele alguma fruta.

Então, eu tinha 16 anos e achei muita piada a esse animalzinho.

Desde então, nunca mais vi ouriços cacheiros que não fossem esmagados nas estradas, aqui em Portugal e na Espanha ou, então, sempre por fotos, como estas.

Dois ou três meses atrás, encontrei um ouriço morto no Borel, na Amadora. Foi alguém que o largou lá ou teve de morrer, pois estava muito frio.

Bongo

Soneca

Hoje recebi um telefonema que me disse que este novo amigo estava a ser acoçado pelos meus amigos Bongo e Soneca. Foram ver o que se passava e lá estava ele a preparar-se para se pirar sem ter guerra. Teve sorte de não ser muito atormentado, a não ser nestes momentos da reportagem.

Eu acho este animal muito lindo e, a partir de hoje, ele vai tornar-se uma beldade perante os amigos do Ventor.

Ouriço Cacheiro

Reparem bem nesta beleza!

 

 

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

S. Pedro de Sintra

Hoje esteve mais um dia primaveril e como as coisas não estiveram assim tão mal, pelo menos, aparentemente, porque, de facto, tudo continua bastante mal, resolvemos ir até S. Pedro de Sintra beber o café. Talvez não acreditem mas já há bastante tempo que lá não ia.

Já tinha saudades de comer os meus dois travesseiros e olhem que estavam óptimos! Tenho a certeza que não foi por já não os olhar há tanto tempo, mas sim, porque estavam mesmo óptimos!

Para mim, além do gosto dos travesseiros, tenho também o gosto de dar umas caminhadas por S. Pedro e, também pela Lagoa Azul e por partes da serra onde encontro as lindas flores rosadinhas da minha amiga Erica!

Assim, entre mimoseiras, acácias a que chamo mimósicas e outras flores, eu também vou caminhando e conversando com o meu amigo Apolo sobre a vida no Planeta Terra e olhem que, nem ele nem eu estamos satisfeitos com nada disto!

Mas, na verdade, quando olho as belezas que o Senhor da Esfera plantou no nosso caminho, acabo por reconhecer que nem tudo é assim tão mau!

Divirtam-se e caminhem!

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Outra Caminhada ...

... na serra da Mira.

Alguns dias atrás, apeteceu-me fazer uma caminhada e resolvi subir a serra mais próxima que tenho por aqui. Não será bem uma serra mas sim uns montes que foram assim baptizados - serra da Mira.

Aqui está a formar-se um campo de lírios

Da serra da Mira vemos toda a planura atravessada pelo IC 19 até tropeçar, com o nariz, na serra de Sintra, vemos Alfragide, o Parque Florestal de Monsanto, e sobre eles lançamos a nossa visão sobre o topo dos pilares da ponte 25 de Abril e do Cristo Rei e até vamos cravar os olhos na serra da Arrábida, sem esquecermos um pedaço de mar que da embocadura do Tejo se dirige para Cascais. Talvez, por isso, lhe chamem serra da Mira porque, de facto, dali mira-se tudo em volta!

Lá longe, a serra de Sintra, a lutar com as nuvens

E, para mim, esta serra, tem outras vantagens. Porque fica perto, porque é uma serra com vegetação saloia e, sobretudo, porque me oferece alguns bichos e flores para fazerem parte da minha caminhada, na qual se integram. Por ali encontrei bicharada que já não via há muito tempo ou que nunca tinha visto.

 

Uma belíssima rocha. Sempre que lá passo, olho-a bem

Também por ali tenho observado e apreciado vários animais, desde os bem conhecidos coelhos, perdizes,  perdigotos, peneireiros, águias, mochos, lagartos, gafanhotos quase gigantes, e também borboletas, libelinhas, louva-a-deus e insectos que nunca tinha visto. Sem falar de garças e até gaivotas que, tal como eu, vão até lá para apreciar a paisagem e não só.

Aqui está a formar-se outro campo de lírios, num outo local. São milhares deles

Também tenho visto, por ali, os tojos floridos que pintam o resto da serra que ainda existe de manchas amarelas e servem de pasto a vários insectos, como as abelhas, os meus amigos albi-negros e outros e que, durante a sua labuta, nos presenteiam com uma bela sinfonia, sem nos esquecermos das várias espécies de borboletas que acabam por dar alguma graça policolorida ao amarelo e verde do tojo.

Uma ravina na serra

Também, durante a Primavera e o Verão, conseguimos apreciar muitas espécies de flores que nem sei o nome e nunca esquecerei os campos de lírios que, tanto gostam de oferecer o seu regozijo a mim e ao meu amigo Apolo que, tão bem como eu, os sabe apreciar.

Este pássaro, esquisito, fugiu de junto de mim, surpreendido e foi parar longe. Está bem longe e continuou surpreendido

Desta vez, eu sabia muito bem que as condições invernosas que têm assolado esta área onde se integra a serra da Mira, eu não encontraria flores, que noutros anos já existiam mas houve um propósito que me levou lá. Eu queria aproveitar esta caminhada para me certificar se os bichinhos peludos que darão belas borboletas teriam resistido aos frios deste ano e se estariam por lá para, mais uma vez, saudarem a chegada do ventor.

Mas não! Fiquei muito desanimado!

Um  charco na serra da Mira

Tive o prazer de ver um coelho fugir-me quase debaixo dos pés e não fugiu muito porque se escondeu logo nas moitas mais próximas e eu segui deixando-o em paz. Limitei-me a guardar na retina aquela pelugem linda a tender para o ruivo. Era realmente um coelho esquisito. Para as mesmas moitas tinha acabado de fugir um chasco. Aposto que os dois se terão entretido, cada um à sua maneira, ou a perguntarem-se um ao outro, o que faria um gajo ali, ao vento, cheio de frio!

Tinha as mãos que já não queriam segurar a máquina e o braço esquerdo já estava farto de levar, de boleia, o chapéu de chuva.

Um grande gafanhoto, que se escondeu de mim entre as ervas. Há por aqui grandes gafanhotos e, pelos vistos, resistem ao frio

Por isso, aguentei-me por pouco tempo, uma hora e três quartos, o tempo suficiente para concluir que os peludinhos não estavam por lá. Este ano não é o ano deles.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira