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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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As Fontes, mais uma vez

Uma caminhada, mais uma vez, pelas fraldas das minhas Montanhas Lindas.

Saídos dos Arcos de Valdevez, rumamos a Soajo onde visitamos uns amigos e, como quase sempre faço, seguimos por Cunhas, Campo e, com paragem nos Poços, para matar saudades.

Os Poços, um sítio dos meus sonhos

Ali, nos poços, ainda haviam videiras de outros tempos. Estas videiras choraram comigo!

Como demoramos algum tempo em Soajo e como a Dona do Quico precisava de tomar medicamentos, paramos nos Poços e aproveitamos para comer presunto e meloa, não deixando de dar uma passeata pelo chão que também me viu crescer, apreciando os cortelhos (iglos de pedra) onde as minhas vacas dormiam.

Também os iglos de pedra lá permaneciam

Sobre este, fiz há anos, um piquenique, que nunca esqueço

Depois, passando por Paradela, seguimos rumo a Adrão mas e, não deixei de observar a Cruz que se levanta no cabeço que delimita os espaços hidrográficos entre Paradela e a Várzea porque, em Julho, não tive a oportunidade de saber a razão porque foi ali levantada.

Depois, passei por aqui e identifiquei a Cruz, cuja história já conheço e contarei um dia destes

Uma bela homenagem, do povo de Soajo, a um filho da Várzea - D. Abílio Ribas, que foi é á pouco tempo, Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe. Voltarei a falar deste "segredo" tão bem guardado a que eu não tive acesso, pois nunca imaginei que a Várzera era a terra mãe de um Bispo e nunca foi tema de conversa nas minhas caminhadas, apressadas, pelas minhas Montanhas Lindas

Verifiquei, então, que se tratava de uma homenagem do povo de Soajo a um Bispo nascido na Várzea, em 1931, que se chama D. Abílo Ribas. Aproveitei para tirar umas fotos àquele sítio que nos deixa embebecidos com tanta beleza. Ali, comecei, mais uma vez, a observar, nos horizontes, os meus montes de sonhos.

De Paradela para Adrão sempre com os olhos no nosso pico que da Cruz é visto e também de lá se vê bem

Mais um local de sonhos. Escondia-me do frio em volta daquele penedo, esperando que os lobos não saltassem a parede. Ainda hoje me rio da inocência dos meus tempos de criança

Lá ao fundo a Várzea, com o seu rio afogado por um braço da Barragem de Lindoso

Os montes da Várzea e de Paradela, os montes de Olelas, já em Espanha e os montes de Castro Laboreiro, lá longe, que sempre permanecem nas minhsa retinas, ali estavam, a mostrarem-me que, afinal, ainda existiam. Eram, mais uma vez, a visão da saudade!

Partimos e, chegados à Cascalheira, deixei o carro no seu poulo e rumei à bela nascente das Fontes. Eu, caminhando no silêncio, rumo às Fontes, já não sabia se era eu se era a minha alma que caminhava por ali.

Chegado à nascente, ao ver a água brotar com tanta intensidade, em pleno Agosto, bebi ao ponto de julgar que estava a saciar todas as sedes. Voltei, observando todo o caminho e vi que, afinal, o carro facilmente lá chegaria. Ao chegar ao Poulo da Cascalheira, entrei no carro e rumei à nascente das Fontes com a mesma vontade da primeira vez. A Dona do Quico achou que eu iria dar cabo do carro mas, pelo menos, mais uma vez, ela assistiu a um dos meus sítios de sonhos.

As Fontes - a minha Parnaso. Será, certamente, bem mais bela que a outra!

Depois, seguimos até Adrão, o meu Berço. Cumprimentei alguma da minha gente e fui até ao rio d'Além, para ver mais coisas de sonhos, como as libelinhas a esvoaçar entre os carriços do meu rio. Agora, já nada é como dantes, mas as águas continuam a cantar todas as canções de sempre. Desta vez a Dona do Quico não conseguiu fazer a nossa grande avenida e ficou sentada numa pedra junto às escadas da tia Bondeira. Não na pedra onde eu me despedi de muita gente que não voltei a ver, mas noutra. Quando voltei, já tinha ido para o carro na Quelha da Costa.

Pelo menos, mais uma vez, fomos a Adrão que a ela dirá pouco, mas a mim diz-me sempre muito. Partimos para Arcos de Valdevez, pensando: "até um dia".

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

A Boda

Branca e radiante vai a noiva ....

 

A Candinha frente ao Senhor da Esfera

Assisti a mais dois casamentos nas duas últimas semanas.

Casamentos diferentes a corresponderem cada um deles, também, à maneira de ser dos seus actores.

Mas, por ter sido tradicional, vou falar aqui do último. Pois eu, não sou muito dado a inovações quando as inovações não trazem melhorias!

A mesa da festa da Candinha

As mesas dos convidados eram identificadas com os nomes de artitas famosos. Nestas fotos temos Morisot

A nossa mesa estava identificada em homenagem ao Cargaleiro

Por ser tradicionalista, casei-me pela Igreja para fazer a vontade à  minha companheira que, desde então, passou a fazer parte das minhas caminhadas. No entanto, nunca fui, não sou e julgo não vir a ser, tão tradicionalista como possam imaginar. Apenas vou à igreja para os casamentos, baptismos e funerais e, fazer as minhas visitas de "click"! E sempre que isso acontece, sinto, a meu lado, a presença do Senhor da Esfera!

A Candinha espera que nada falte aos seus convidados

Por isso apelou a uma jovem inspectora para a acompanhar nessa tarefa

Agora inspecciona as guloseimas

Desta vez, acompanhando a nossa amiga Candinha, conheci a Igreja do Cacém, onde vi, branca e radiante, entrar a noiva. Foi para a Candinha, seu noivo, familiares e amigos, um dia de festa que durou sábado e domingo.

Por isso, pela amizade recíproca de todos estes anos, não podia deixar de referenciar aqui esta minha bela caminhada, a seu lado e entre as flores.

As flores foram companhia na sua beleza

E se elas eram belas!

A todos, Candinha, e Vitor, seu marido, e às suas famílias, faço votos que nos novos caminhos que, de agora em diante, se abrem, haja sempre flores a sorrirem, para vós.

Agora temos a operação bolo, rematando a festa para convidados mais apressados

Muitas Felicidades.

 

 

Casa Velha.jpg

A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira