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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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Dia Mundial da Água

É isso mesmo.

Hoje foi comemorado o dia Mundial da Água.

Por isso, eu fui dar uma caminhada entre os meus amigos que melhor que muitos outros se sabem servir da água. Estive entre os patos, as galinhas d'água, as lavandiscas, ... mas muito longe de muitos outros.

Eu senti a falta do melro d'água, do guarda-rios, da toupeira d'água, das libelinhas, ...

São estes animais que nos informam que a água é adequada para a nossa utilização. Eles andam lá, a água é boa!

 

Este pato quiz partilhar comigo a água do seu rio, mas eu não gosto de me molhar. Só na banheira!

 
Esta água pode dizer-se que já não está tão poluída como já esteve
 

As verduras das margens são sempre um chamaris para os nossos olhos

 
Os patos reais adoram o seu ambiemte. Bom sinal!
 
 
As lavandiscas estão sempre prontas a desafiar-nos a correr atrás delas
 

Mas todo este lamiré apenas para vos dizer que a água é uma fonte de vida, de todas as vidas. É a maior riqueza à face da terra e quem a tem chama-lhe sua. Serve também para vos dizer que a água vai ser o pomo da discórdia entre as nações, num futuro próximo. Tanto ou mais como o petróleo o tem sido.

As guerras do futuro estão todas alcandoradas em gotas de água. As gotas que não chegarão para todos, mas que será com elas que teremos que viver. Por isso poupem a água e olhem-na com outros olhos. Ouçam o seu cantarolar rolando rumo aos seus obejectivos e nunca esqueçam que ela é sagrada.

Tal como o pão, ela é sagrada e para muitos povos já é pouca.

Não se esqueçam que foi com a água que o Senhor da Esfera amassou o barro com que fez aquele boneco chamado Adão ...

E não se esqueçam também que, como dizia um preto da África Minha, "deixem a água seguir para Mombaça"!

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

A Festa do Malmequer

No post anterior, despedi-me do Inverno e dei as boas-vindas à Primavera. Aqui, apenas vos quero dizer que os malmequeres estão em festa!

Mas, tudo isto, por aqui, está um pouco amorfo, pelo equinócio de Março.

A beleza pura de um malmequer

Porém, como em tudo há esperança, também tenhamos esperança, por melhores dias, nesta Primavera. Hoje, apenas é o primeiro! Ela entrou chorosa, mas diz que está apenas a lavar as minhas carpetes.

Continuemos a observar, os malmequeres e a Primavera. Ela disse-me que, este ano, os malmequeres são as suas grinalas e minhas também.

A beleza do malmequer amarelo. As grinaldas da "menina alva" foram entregues ao Ventor

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Flores de Inverno

Este inverno tem sido bastante complicado.

Tivemos frio, água com fartura e ameaças de ver tudo a água levar e vemos, hoje mesmo, o seu fim.

Porém, tal como sempre, ele permitiu-me ver as suas flores.

 

Uma beleza amarela nos meus trilhos

Um recanto primaveril, ainda no Inverno

"Vê lá Ventor! Olha bem como eu deixo os meus encantos para a minha irmã. Tudo multicolorido e, ... até podes, com algumas delas, ajudar-me a fazer uma boa recepção à minha maninha. Como vês, sem Inverno não há Primavera, ou pelo menos, ninguém daria por ela. Eu sei que sou um velho carrancudo, mas sei reconhecer as belezas da vida e a minha irmã também me deve um pouco da beleza com que se vai apresentar. Até para o ano Ventor"!

 

Flor de amendoeira, uma oferta do Inverno à Primavera

  

Uma carpete para as caminhadas do Ventor

De facto é verdade. Este Inverno parte hoje e, ela, a sua maninha linda, a minha bela amiga a que chamamos Primavera, chega. Chega sempre florida! Ela já andou comigo e com o meu amigo Apolo, este ano, a brincar com as nossa flores. As nossas flores de Inverno. Ela, a Primavera, chora de alegria quando chega e chora de tristeza quando parte, mas pede sempre, ao nosso amigo Apolo, que dê uma mãozinha ao seu mano Inverno para que haja sempre flores à sua chegada.

Papoilas, flores de Inverno para animar o Ventor

Flores de malvas, sempre nos caminhos invernosos do Ventor

A Primavera, dá pulos, corre em zig-zagues, dança, abraça-me, sorri e sempre entre as flores. Ela até me recordou, com uma certa inveja, a vontade enorme com que o seu irmão Inverno preparou grandes carpetes floridas para caminharmos juntos sobre elas. Foi assim nos belos campos da Extremadura, onde, caminhamos sobre carpetes vermelhas e verde, colocadas entre oliveiras. Ela, linda como sempre, conseguiu fazer Apolo descer das alturas a rir-se das nossas brincadeiras, e os quatro, Apolo, Inverno, Primavera e o vosso amigo Ventor, prosseguimos a nossa caminhada ao som do Danúbio Azul, e com as oliveiras especadas a observarem como a beleza gira em torno do Equinócio de Março.

Uma micro-flor de Inverno, uma das companheiras do Ventor

Mais uma carpete para o Ventor dançar com a Primavera

Até para o ano Inverno. Bem vinda Primavera!

Obrigado a todos por me permitirem continuar a ir fazendo as minhas caminhadas a vosso lado. E, sempre, entre as flores!

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Caminhar na cidade de Leão

Em 12 de Julho de 2007, rodando no asfalto, desde Covadonga, deixando para trás as belezas dos Picos asturianos e Cangas de Onis, fomos observando como o meu amigo Apolo, se fazia à rota de Neptuno, a sua rota para Oeste. Depois de comermos algo ali pelas cercanias de Oviedo, lá prosseguimos a nossa nova rota, ainda pelos Picos, mas sempre pelos seus escuros vales e cumes, rumo à cidade de Leão.

Referente à cidade de Leão. É assim que se escreve em castelhano

Mas fez-se escuro e, perdidos pelos picos das serranias de Leão, apenas já só me recordo dos cumes escuros e das marcas que, nos tempos de neve, vão sinalizando a altura da neve e, essa estrada, em tempos de neve, será, concerteza, trajecto de uma péssima caminhada.

Mas, na senda do sobe e desce, já próximo da meia noite, chegamos à linda cidade de Leão. Já tarde para irmos procurar hotel! Entramos no centro de Leão e entrei num hotel que já não recordo, o nome  (creio que era o Hotel de León)  só para perguntar se arranjavam dois quartos. Disseram que estava tudo cheio e o rapaz, bastante simpático, acreditava que, na cidade, não haveriam quartos vazios, mas desejou-nos sorte.

Como à entrada da cidade tínhamos visto dois lindos hotéis de **** estrelas, voltamos a retomar o mesmo IC e dirigimo-nos ao Hotel Santiago. Entrei na recepção e perguntei se nos arranjavam dois quartos. "Si, si! temos dois quartos, são todos bons e na nossa relação preço qualidade vão ver que ficarão bem servidos.

Lá subimos, fomos ao duche e, como não podia deixar de ser, dirigi-me à janela, para ver qual seria a nossa posição relativamente à cidade de Leão e verifiquei que ela ficava aos nossos pés. As luzes indicavam-me um ou outro monumento e eu programei o meu sono para não perder pitada mal me levantasse.

A bela Catedral Gótica de Santa Maria de Leão

Fui à recepcção e deram-me uma pequena brochura com um mapa da cidade de Leão. De manhã, lá fui eu a observar o mapa e a estudar a disposição da cidade para não perder nada do que nos parecesse importante.

Quando chegamos a Leão, eu só já ouvia relinchar os cavalos de Afonso VI, do Conde Henrique de Borgonha, do conde D. Raimundo, da D. Urraca, da D. Teresa e o início de longas e penosas cavalgadas contra os sarracenos. Mas estes nomes eu tinha fixado aos 10 anos e estive sempre apostado a nunca os esquecer.

Não fazia era a mínima ideia de como seria, realmente, a cidade de Leão que só vim a conhecer através de imagens televisivas e de um ou outro filme e comentários. Leão,a cidade fabulosa dos meus heróis históricos da meninice, estava por ali e eu iria pisar os seus passeios e olhar as suas estátuas e monuentos.

Monumento na cidade de Leão

Apenas um pequeno troço histórico, dedicado à cidade e reino de Leão. Espero não meter água, pois de tanto resumir, pode tudo isto ficar num copo sem sumo.

A cidade de Leão foi fundada por uma legião romana, a Legio VI Victrix (Legião Nº VI, Vencedora), no Séc. I A. C. Em 68 D. C. a Legião VII Gemina (Legião nº VII Gêmea), fundou um acampamento militar permanente e foi desta Legião que resultou o seu nome moderno.

Esta Legião VII foi recrutada por Galba e foi constituída por soldados ibéricos que determinaram que a cidade fosse naquele local para defender a zona da Meseta ocupada pelos romanos dos habitantes "selvagens" das montanhas das Astúrias e da Cantábria.

Reza a história que foram as forças das Astúrias e da Cantábria que enfrentaram os romanos que não conseguiam subir às montanhas, fazendo com que o próprio imperador Octávio César Augusto, destacasse mais forças romanas retiradas de outras regiões do Império, mais pacificadas, batendo, danado, com a porta do Templo de Juno, em Roma, e dicidindo comandar ele próprio as Legiões que iriam enfrentar os ditos "selvagens das montanhas Cantábricas".

Basílica de Santo Isidoro - aqui jazem todos os reis de Leão, com excepção de D. Afonso VI, creio eu, que preferia que os seus restos mortais ficassem na terra que ele adorava - Sahagún, também no reino de Leão, onde os monges de Cister construíram o mosteiro que viria a ser a sua casa, do futuro

Leão resistiu aos das montanhas, defendendo a Meseta (os romanos), depois resistiu aos da Meseta (os mouros) para não subirem às montanhas, e resistiu aos visigóticos até ser tomada por estes, comandados pelo rei Leovigildo que, provàvelmente, pelo reconhecimento da sua tenacidade ou por se aperceber da sua disposição estratégica, permitiu que Leão mantivesse as suas defesas.

Concluirei o nasimento e morte do Reino de Leão a seguir, para aqueles que não conheçam e tenham interesse nas cavalgadas dos nossos avós políticos.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira