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As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

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O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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12.05.10

Hoje, não vou a Fátima


Ventor

Pois não.

Hoje, não vou a Fátima!

Hoje, quem vai a Fátima é o Papa, o Bispo vestido de branco.

A Senhora de Fátima, a nossa Senhora de Fátima, sabe que eu não vou lá mas, como Ela sabe tudo, sabe também, que eu não vou lá, mas vou lá estar! Ela, também sabe que eu gostaria de ir, gostaria de partilhar, fìsicamente, da Sua festa, na Sua terra. Em Fátima!

Mas, Ela, também sabe que eu sei, que Ela vai estar aqui comigo. Estará na minha mente, portanto, estará presente. Eu estarei em Fátima e Ela, estará aqui. Isto apenas nos diz que vamos estar sempre juntos. Eu, Ela e o Bispo vestido de branco!

Cada um está onde quer e eu vou querer estar em Fátima!

Sim, porque nós podemos estar onde a nossa mente nos leva e a minha mente vai levar-me a estar em Fátima e vai trazer a Senhora de Fátima, até mim! Será, portanto, uma maneira de estarmos juntos, nestes 12/13 de Maio. Cá e lá, lá e cá! Agora e sempre.

Eu vou caminhar por Fátima, quer as nuvens sejam negras, quer o meu amigo Apolo queira estar a acompanhar-me. Ele e eu sabemos que vamos estar os dois, junto de nossa Senhora de Fátima, como se fôssemos dois pastorinhos, tal e qual como os pastorinhos. Ali, junto da azinheira da sombra! Porque, só haverá sombra com a presença do meu amigo Apolo e ele vai querer ver os novos pastorinhos, os milhares de pastorinhos, procurar a sua sombra.

 
Vamos todos acreditar, em Fátima
 

Por isso, desejo uma bela Caminhada a todos que se dirigem para Fátima. E, fundamentalmente, aos que têm esperança. Esperança!

Esperança de que na sua vida, tudo corra pelo melhor.

Que a saúde, esteja sempre presente.

Que a doença seja arredada.

Que a fome seja escorraçada.

Que a alegria nunca nos abandone.

Qua a beleza seja parte da nossa Caminhada.

Qua a Luz nunca nos falte.

Que ...

É isso que eu vou pedir à nosa Senhora de Fátima, para todos nós, quando estiver com Ela.


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

11.05.10

Adeus Teresa


Ventor

Ontem, dia 10 de Maio de 2010, disse-te adeus. Dissemos-te adeus.

Conheci-te, há 48 anos.

Nessa altura, foste para mim uma surpresa. Uma surpresa porque, eu nem sabia que existias!

O teu pai, levou-me a tua casa sem me dizer nada. Só me tinha dito que iria jantar com ele e com gente amiga. Chegamos, tocou à campainha e, a tua mãe, toda contente, pois já contava comigo, foi abrir a porta.

Tu, apareceste a correr, abraçaste-te ao teu pai e, ficaste a olhar-me de soslaio. Ele apontou para mim e disse: "este, é o teu primo". Tu, um pouco encalacrada, também surpreendida, vieste dar-me um beijinho. Nasceste para mim com cerca de 14 anos, pois irias fazê-los logo de seguida.

Foste uma surpresa quando te conheci, foste sempre cheia de surpresas pela vida fora, para mim. Só não foste uma surpresa na hora de nos deixar. Eu sabia que, era uma questão de tempo! E, como calcularias, um dia, essa má notícia chegaria até mim. Até nós! A tua Joana, a tua querida filha, também, um dia, uma surpresa, iria dar-me essa terrível notícia. Eu esperava-a, mas pedia ao Senhor da Esfera para que não fosse tão rápida e te deixasse sossegada por mais algum tempo. Mas nada! Ele diz que tem de ser assim.

Um dia, há muitos anos atrás, escreveste-me uma carta, quando eu caminhava pelas terras lindas de Moçambique, em que me dizias:

"primo, um dia, quando chegares, virás procurar-me, naturalmente. Mas a minha vida vai dar uma volta, espero eu e, então, quando tu chegares, irás ter uma surpresa! Mas, para que a surpresa não seja muito grande, digo-te já que ainda não sei como vai ser, mas vai existir. Um dia conto-te tudo. Beijinhos".

Um dia cheguei e fui à direcção que me tinhas dado - um Colégio de Lisboa. Perguntei por ti, perguntaram-me quem eu era e disse que era teu primo. A resposta foi: "ai coitadinho"! Aí, assustei-me mesmo! Mas depois disseram-me que tinhas ido para França e que estarias em Paris. Fiquei mais sossegado! Afinal, o que tu pretendeste, foi tornares-te independente.

Depois veio a surpresa da Joana. Uma bela surpresa! Felizmente, com ela, o Senhor da Esfera, deu-te alguma coisa de jeito. E, mais ou menos, de surpresa, em surpresa, assim caminhamos por 48 anos.

Agora, as surpresas acabaram para sempre. O Senhor da Esfera não te deu o tempo suficiente para poderes continuar a tua Caminhada ao lado da tua filha, do teu genro e dos teus netinhos, a Carolina e o Lourenço.

A mãe de todas as doenças levou-te, precocemente.

 

 
 
Uma flor para o Senhor da Esfera tomar conta

 

Mas que vida tão cruel.

Nas minhas caminhadas, nem tudo é um mar de rosas. 

Sinto-me tão triste! 


Casa Velha.jpg

A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira