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Preciso do QAM para aproximação à Ria.
Por aqui, Apolo está do meu lado,
mas as Parcas andam com os olhos em mim. Vão ter de arranjar mais alguma paciência. De momento o meu objectivo é a Ria!
Até logo.
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Preciso do QAM para aproximação à Ria.
Por aqui, Apolo está do meu lado,
mas as Parcas andam com os olhos em mim. Vão ter de arranjar mais alguma paciência. De momento o meu objectivo é a Ria!
Até logo.
Continuo a sonhar normalmente mas, não tenho o Quico para me acordar e os sonhos, também, normalmente, não ficam como resíduos. Apenas excepcionalmente.
Mas sempre há um ou outro que resiste a tudo!
Vou contar, aqui, três desses sonhos, em noites diferentes. Todos são curtos e, por isso, conto-vos, três em um.
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1º sonho - fugir à Polícia
Alguma vez, nem que fosse em sonhos, eu fugiria à Polícia. Vejam só!
Eu e a Dona do Quico, agora só em sonhos, descíamos uma grande Avenida numa bela cidade que, seria Lisboa. Era uma grande Avenida, sempre a curvar e, para cúmulo do azar, ouvi um polícia dizer: "eles vão ali"!
Ao mesmo tempo, iniciou uma corrida em direcção à gente e eu disse: «nem sabemos se aquele gajo é polícia, o melhor é dar-lhe uma corrida»!
Iniciamos uma grande cavalgada de fazer os foles rebentar. A avenida sempre a curvar e o polícia sempre, atrás da gente, para além da curva. "Porque fugimos"? - Diz ela! E eu, sem saber o que responder: «porque não temos mais nada para fazer»! (imaginema a Dona do Quico a fugir!)
A fuga prometia e atrás de nós, apenas as solas do calçado do polícia. Aquele barulho ameaçador sem parar.
No fundo da avenida um charco de água e, para além dele, um grande descampado e, mesmo à saída da calçada, o charco em toda a largura dessa avenida, sem termos por onde passar a não ser pelo charco. Eu tinha pegado um pau comprido e disse: «vou medir a profundidade». Incrível! Afinal a água era ácido e destruiu o pau até quase à mão. Virei-me para ela e disse: «não temos mais por onde prosseguir. Vamos ter de atender o polícia mas, o pior é se o gajo não é polícia. Continuava a ouvir os passos do polícia a aproximar-se e, quando estava quase a ser apanhado, acordei!
O raio da avenida, não tinha cruzamentos. Tinha os prédios todos ligados à direita e à esquerda e não havia por onde continuar a fuga. Passar pelo ácido, era impossível!
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2º sonho - o meu cabelo
Sonhei que tinha um cabelo como os Bejas, aquela tribo que há pelo leste de África, lá para os lados da Etiópia.
Eu seguia numa cidade e olhava o meu cabelo, não num espelho mas numa imagem paralela à minha. «Mas como é possível eu caminhar e ver ao lado a minha imagem»?
O cabelo lá ia todo no ar, mas já muito ralo e, no couro cabeludo, nos espaços abertos desses tufos altos de cabelo à Beja, o meu cabelo nascia todo cheio de pujança.
Acordei, a pensar que, com a força daquele cabelo eu, ainda viria a ter uma cabeleira como o de Sanção!
Depois tive o pior de todos os sonhos!
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3º sonho - luta terrível, com uma alma do outro mundo
Entrei num edifício que mais parecia um hospital antigo. Uma porta central, uma escadaria, em frente e, virar por um corredor à esquerda ou por um corredor à direita. Sem saber porquê, escolhi o da direita!
Há 3ª porta, entreaberta, espreitei e encontrei o meu irmão a dormir numa cama, num quarto muito simples. Do lado oposto à porta estava uma janela e, na parede oposta, à direita da janela, estava uma cama onde ele dormia. Na parede da esquerda um lavatório e na direita uma prateleira com as coisas dele. Por trás da porta que eu tentara abrir um pouco mais, estava um roupeiro mas, ao puxar a porta toda para trás, alguém empurrou a porta com toda a força contra mim!
Chateei-me, mandei a porta com toda a força para trás e ouvi o tipo dar um ai, muito sumido. Ele mandou a porta outra vez contra mim e eu toma e ouvi o gajo enquidar com a dor da pancada. Espreitei para ver quem era mas não vi ninguém. De repente a imagem do meu irmão sumiu na escuridão e eu entrei no quarto a bater no escuro e apanhava, sem o ver, um desgraçado que levava muita pancadaria. "Este gajo mostrou-me o meu irmão para me apanhar, mas ou vai dar cabo de mim ou eu vou dar cabo dele»!
Porta para lá, porta para cá. O outro levava com a porta na cara, na cabeça, sei lá onde e eu, tinha sempre o meu pé direito a aparar os golpes da porta. A pancadaria terminou comigo a dizer-lhe: "filho da mãe, pensas que eu tenho medo de fantasmas? Vais ter de me dizer porque não me deixas entrar para ver o meu irmão e porque puseste esta "merda" às escuras»! Mandei-lhe com a porta e não o apanhei mas, ao esticar o meu braço esquerdo, apanhei-o pelo ombro e dei-lhe com tanta violência com o braço direita que foi atirado contra o lavatório e fez um grande grunhido e eu, sem saber o que fazer, porque não via nada, acordei a falar com os meus botões: "não pode ser! Eu não matei o gajo concerteza! Ele é um fantasma»!
E acordei! Acordei sem saber quem era o fantasma e sem saber se o matei!
Entrei com luz e terminei com trevas! Mas vi o meu irmão enquanto houve luz. Ele morreu há 39 anos!
Ontem depois de uma sardinhada, em Alfragide, para animar os festejos que se aproximavam com a presença, em espírito, de Santo António, fomos dar uma volta e, escolhemos como rumo, a Vila de Óbidos, o Castelo de Óbidos e, também, as muralhas de Óbidos (três em um).
Foi uma bela passeata por esta vila medieval, conquistada aos mouros em 1148, tendo recebido a sua Carta de Foral, em 1195, por D. Sancho I. Por Óbidos, passaram muitas das rainhas de Portugal. Havia por ali perto umas caldas a que chamaram Caldas de Óbidos, posteriormente, Caldas da Rainha, devido à estadia, por lá, da Rainha D. Leonor.
Óbidos, é, também, para aqueles que, ou nunca souberam, ou já esqueceram, uma das sete Maravilhas de Portugal, escolhidas em 07.07.07. E se há muitas outras Maravilhas em Portugal, uma vez que só podiam ser determinadas sete, Óbidos está bem entre as outras seis. Eu não sou suspeito porque não votei!
Mas à chegada a Óbidos, abrimos a caminhada com uma ginjinha, num copinho de chocolate. Nada mau para darmos as nossas primeiras passadas, mas só três, porque duas das caminhantes arrearam logo à saída do Carro. É uma tristeza sermos atingidos pela doença e sentirmos tudo esvair-se à nossa volta, mas é o destino com que o Senhor da Esfera nos brindou.
Ginjas em Óbidos. É com estas vermelhinhas lindas que se faz a célebre ginjinha de Óbidos
A célebre ginjinha de Óbidos, servida num copo ou chávena de chocolate, é, também, uma das suas belezas
Para aqueles que já não passam por Óbidos há muito tempo, para aqueles que ainda não passaram e para os que nunca passarão, deixo-vos, em cima, um slide de fotos que vos dará uma ideia das belezas de Óbidos.
Mas, vai haver mais!
... ao lado de S. Pedro!
Lindas flores de Sintra
Hoje foi dia de caminhada, de travesseiros, de flores mas, mesmo antes do Stº António, quem andou a meu lado foi S. Pedro.
Ele fez-me uma pergunta: "Ventor, tu nunca te cansas"?
Eu!!!
Eu nunca me canso e, pode crer que não tenho pressa de subir o seu escadório.
"Pois, não parece, Ventor!
Fizeste muitos cálculos para deixares os travesseiros de lado mas, lá foram mais dois. E dizias tu que, travesseiros nunca mais"!
Uma linda sardinheira junto à esplanada da minha "prima" Natália, em S. Pedro de Sintra
Pois!
Uma coisa é o que dizemos, outra o que fazemos!
Mas lá fomos. Deixámos-nos de discussões e caminhamos, mais uma vez, entre as flores.
Hoje, o dia estava tão lindo que, em honra do meu amigo Apolo, só cabem aqui flores. Flores e borboletas. Mas, para mim, as borboletas também são flores e são flores muito lindas. Um dia colocarei aqui só borboletas para verem como é verdade. Flor por baixo, flor por cima!
Esta borboleta é especial. Ela era a Flora transformada, para caminhar com o Ventor. Às vezes faz-me destas partidas!
Agora, depois da caminhada real, andei por aqui numa caminhada virtual, que vos deixo aqui.