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As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

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O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Ventor entre as Flores

26.06.10

Aproach System, Please


Ventor

Preciso do QAM para aproximação à Ria.

Por aqui, Apolo está do meu lado,

 

mas as Parcas andam com os olhos em mim. Vão ter de arranjar mais alguma paciência. De momento o meu objectivo é a Ria!

Até logo.


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

16.06.10

Sonhos-Pesadelos


Ventor

Continuo a sonhar normalmente mas, não tenho o Quico para me acordar e os sonhos, também, normalmente, não ficam como resíduos. Apenas excepcionalmente.

Mas sempre há um ou outro que resiste a tudo!

Vou contar, aqui, três desses sonhos, em noites diferentes. Todos são curtos e, por isso, conto-vos, três em um.

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1º sonho - fugir à Polícia

Alguma vez, nem que fosse em sonhos, eu fugiria à Polícia. Vejam só!

Eu e a Dona do Quico, agora só em sonhos, descíamos uma grande Avenida numa bela cidade que, seria Lisboa. Era uma grande Avenida, sempre a curvar e, para cúmulo do azar, ouvi um polícia dizer: "eles vão ali"!

Ao mesmo tempo, iniciou uma corrida em direcção à gente e eu disse: «nem sabemos se aquele gajo é polícia, o melhor é dar-lhe uma corrida»!

Iniciamos uma grande cavalgada de fazer os foles rebentar. A avenida sempre a curvar e o polícia sempre, atrás da gente, para além da curva. "Porque fugimos"? - Diz ela! E eu, sem saber o que responder: «porque não temos mais nada para fazer»! (imaginema a Dona do Quico a fugir!)

A fuga prometia e atrás de nós, apenas as solas do calçado do polícia. Aquele barulho ameaçador sem parar.

No fundo da avenida um charco de água e, para além dele, um grande descampado e, mesmo à saída da calçada, o charco em toda a largura dessa avenida, sem termos por onde passar a não ser pelo charco. Eu tinha pegado um pau comprido e disse: «vou medir a profundidade». Incrível! Afinal a água era ácido e destruiu o pau até quase à mão. Virei-me para ela e disse: «não temos mais por onde prosseguir. Vamos ter de atender o polícia mas, o pior é se o gajo não é polícia. Continuava a ouvir os passos do polícia a aproximar-se e, quando estava quase a ser apanhado, acordei!

O raio da avenida, não tinha cruzamentos. Tinha os prédios todos ligados à direita e à esquerda e não havia por onde continuar a fuga. Passar pelo ácido, era impossível!

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2º sonho - o meu cabelo

Sonhei que tinha um cabelo como os Bejas, aquela tribo que há pelo leste de África, lá para os lados da Etiópia.

Eu seguia numa cidade e olhava o meu cabelo, não num espelho mas numa imagem paralela à minha. «Mas como é possível eu caminhar e ver ao lado a minha imagem»?

O cabelo lá ia todo no ar, mas já muito ralo e, no couro cabeludo, nos espaços abertos desses tufos altos de cabelo à Beja, o meu cabelo nascia todo  cheio de pujança.

Acordei, a pensar que, com a força daquele cabelo eu, ainda viria a ter uma cabeleira como o de Sanção!

Depois tive o pior de todos os sonhos!

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3º sonho - luta terrível, com uma alma do outro mundo

Entrei num edifício que mais parecia um hospital antigo. Uma porta central, uma escadaria, em frente e, virar por um corredor à esquerda ou por um corredor à direita. Sem saber porquê, escolhi o da direita!

Há 3ª porta, entreaberta, espreitei e encontrei o meu irmão a dormir numa cama, num quarto muito simples. Do lado oposto à porta estava uma janela e, na parede oposta, à direita da janela, estava uma cama onde ele dormia. Na parede da esquerda um lavatório e na direita uma prateleira com as coisas dele. Por trás da porta que eu tentara abrir um pouco mais, estava um roupeiro mas, ao puxar a porta toda para trás, alguém empurrou a porta com toda a força contra mim!

Chateei-me, mandei a porta com toda a força para trás e ouvi o tipo dar um ai, muito sumido. Ele mandou a porta outra vez contra mim e eu toma e ouvi o gajo enquidar com a dor da pancada. Espreitei para ver quem era mas não vi ninguém. De repente a imagem do meu irmão sumiu na escuridão e eu entrei no quarto a bater no escuro e apanhava, sem o ver, um desgraçado que levava muita pancadaria. "Este gajo mostrou-me o meu irmão para me apanhar, mas ou vai dar cabo de mim ou eu vou dar cabo dele»!

Porta para lá, porta para cá. O outro levava com a porta na cara, na cabeça, sei lá onde e eu, tinha sempre o meu pé direito a aparar os golpes da porta. A pancadaria terminou comigo a dizer-lhe: "filho da mãe, pensas que eu tenho medo de fantasmas? Vais ter de me dizer porque não me deixas entrar para ver o meu irmão e porque puseste esta "merda" às escuras»! Mandei-lhe com a porta e não o apanhei mas, ao esticar o meu braço esquerdo, apanhei-o pelo ombro e dei-lhe com tanta violência com o braço direita que foi atirado contra o lavatório e fez um grande grunhido e eu, sem saber o que fazer, porque não via nada, acordei a falar com os meus botões: "não pode ser! Eu não matei o gajo concerteza! Ele é um fantasma»! 

E acordei! Acordei sem saber quem era o fantasma e sem saber se o matei!

Entrei com luz e terminei com trevas! Mas vi o meu irmão enquanto houve luz. Ele morreu há 39 anos!


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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

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