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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


lago-covadonga.jpg

Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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Cinco Contra Um

Cinco contra um!

E o "um", ainda tinha a mão amarrada ao cinto!

Esse "um" é homem de princípios, com o seu brio pessoal que, por uma questão de educação ou pelo lugar que ocupava, se soube acautelar, ... Pelo menos, pelo lugar que ocupava e por uma questão de ética, deveria merecer algum respeito da parte dos seus concorrentes ao poleiro.

Mas a política, sobretudo, em Portugal, é isto mesmo. Um pranto de enganos!

Há cinco "tipinhos" que se armaram em príncipes do nada e passaram ao ataque. Normalmente, não ligo às campanhas eleitorais mas, mesmo que não queiramos, acabamos sempre por as gramar.

Cada vez que passava em frente da televisão, metia-me nojo! E, por isso mesmo, tirei conclusões!

Tenho pessoas amigas em todas as correntes que se defrontaram nas últimas urnas e, por isso, resolvi escrever este poste. Não é um lamento, é uma constatação. E, por uma questão de civismo, também um lamento. Um lamento por eles, os concorrentes mas, um lamento maior, por Portugal!

Há um presidente que defende o seu poleiro. Não lhe fica nada mal! Há cinco galispos que pretendem esse poleiro. Também não lhe ficaria nada mal! Então o que ficou mal?

O que ficou mal, foi a baixeza das suas próprias personalidades. Pelo menos de quatro deles. Como não vi nada e ouvi muito pouco, deixo um deles na plataforma, em Standby (à espera). Estamos num rescaldo que se prolongará e não sei se, nesse rescaldo, não apanharei mais nada!

O que eu vi nesta campanha? Nada!

O que eu ouvi nesta campanha? Baboseiras!

Na minha opinião, acabei por concluir que Portugal escolheu bem!

Nestes princípios, só poderei dizer: " Viva Cavaco"! É assim, não é?

Claro que, quando digo Viva Cavaco, não quero dizer que os outros morram. Longe disso! Mas quero dizer que, politicamente, não passam de uns "abortos"! Abortos políticos!

Não conheço pessoalmente nenhum deles, nem Cavaco e, para ser sincero, nem gostaria de conhecer.

Na minha opinião, Cavaco fez bem o trabalho de casa. Foi tão insultado que, se ele passasse a utilizar o mesmo tom, não lhe levaria nada a mal. Ganhou e ganhou bem!

Ganhou bem porquê? Ganhou bem porque, essa é a minha conclusão, os portugueses, no seu conjunto, como um corpo vivo, não são estúpidos! Ou, pelo menos, não foram estúpidos. Se fossem estúpidos, o Cavaco teria perdido.

Mas não são e ainda bem!

Cá para mim, sentado no meu Cantinho, o Cantinho do Ventor, frente a esta janela, ... quando não há caminhadas, tento ganhar forças para continuar, observo, ou tento observar, parte do todo.

O que foi que eu observei?

Tudo simples!

Cavaco ganhou e, como já disse, ainda bem!

Segundo classificado nesta caminhada para o topo - Manuel Alegre:

- O Manuel Alegre, na sua caminhada para Belém, portou-se muito mal!

Andou à babugem de nada! Insultou Cavaco, por motivos aparentes e deu a impressão que não percebe nada de Bolsa, nem de nada de "fora da Bolsa". É pena! É pena porque deixou a Esquerda despida. Conseguiu congregar toda a Esquerda, até o MRRP, vejam só! O Garcia Pereira que sempre ouvi elogiar como um bom advogado, na Defesa dos Trabalhadores, a partir de agora, deixa-me na dúvida. Não passou, políticamente de um "pato", nestas eleições! Para mim, uma desilusão e só na noite da grande contagem me apercebi disso. Vejam o que eu ligo!

O Bloco de Esquerda, dá tudo por uma posição, para além daquele "ninho de ratos" (é figurativo!) que conquistou nas legislativas. O Alegre vinha a calhar. Mas não calhou! Lamento a vossa sorte.

O PS, nunca sabe o que fazer, na hora de decidir. Deixa o partido espartilhar-se todo e agarra-se a algo que apareça. Os homens estão absortos nos seus malabarismos políticos que não acertam uma. Nas penúltimas eleições o Alegre espartilhou tudo e agora, outra vez. O Partido Socialista foi a reboque!

Na minha opinião, só tenho que dizer a muitos socialistas que fizeram bem dar com os pés (se preferirem com o voto), nessa malta, pois eles, não sabem o que querem.

Voltando ao Manuel Alegre, vou dizer-vos porque perdeu as eleições ou porque, pelo menos, não foi capaz de ir à segunda volta:

Ele teve vários defeitos, mas houve marcas fundamentais!

Começou muito cedo a desgastar-se. Estudou muito tempo os seus pontos fortes para a campanha eleitoral. Pelo menos teve tempo para isso mas, não conseguiu. Perdeu-se com ninharias e, fundamentalmente, com as aldrabices que a política permite.

Começou a martelar que  ... se for Presidente da República, faço, aconteço.

Os portugueses que não são parvos, analisaram e terão pensado. Este "gajo" está a fazer de nós parvos. Se ele fosse eleito e fizesse o que diz, só através de uma Ditadura! Ele promete o que não pode fazer! E, ainda por cima, sem saber ler nem escrever, atira-nos para cima que o Cavaco é o único responsável pelas maleitas deste país. Ora se o Cavaco não é Governo, se o Cavaco não tem responsabilidades directas nas porcarias que o Governo Socialista tem feito, porque bater tanto no Cavaco e deixar incólume a miséria do Governo que temos? Porque o apoia?

Assim, este homem não serve e, como disse a Simone, na grande noite das contagens, ele está bem é na Argélia!

Terceiro classificado na Campanha Eleitoral. Fernando Nobre!

 

Ele terá concluído que Portugal está doente. E está de facto! Doente e muito! Atendendo às aldrabices que sacamos nas entrelinhas dos ditames dos responsáveis deste país, a doença é crónica e muito grave. Desde o 25 de Abril que vivemos e nos alambazamos num mundo de mentiras, coberto por grandes façanhas de reis da aldrabice política. Não digo que é o A, o B, ou o C. São todos!

Isto para dizer ao Dr. Fernando Nobre que, uma caixinha dos seus pensos, se calhar teria de os pedir emprestados à AMI, não nos vão resolver o problema. Dou-lhe os meus parabéns, pelos votos alcançados, mesmo assim.

Quanto ao representante do PCP, Francisco Lopes, não desgostei de todo, do que ouvi, da sua campanha mas, foi mais do mesmo. O Partido Comunista não conhece outra música e dali não há mais nada a esperar. Pelo menos, a sua campanha eleitoral permitiu, mais uma vez, os floreados do seu Secretário Geral, permitindo-lhe a dilatação aparente dos números de três centenas de milhares para várias centenas de milhares de eleitores. É muito mais dilatador dizer várias centenas de milhares que três centenas de milhares! Os homens percebem disto! Mas não querem perceber que a erosão destrói quase tudo. Até destruiu o Muro de Berlim. Será que julgam que o muro ainda está de pé? Boa sorte!

Quanto ao nosso amigo da Madeira, o tal Tiririca, (é assim, não é?) foi pena resvalar para situações pouco dignas. Talvez com as suas brincadeiras conseguisse ter melhor resultado, se fossem mais bem sustentadas. Quando começou a enviesar para a caçada aos ladrões, estragou tudo!

E o outro médico, Defensor Moura (ou Defensor dos Mouros?), para mim foi uma desilusão! Ficou-lhe bem o último lugar. Assentou-lhe como uma luva!

Não merece comentários! E é pena! Veio do meu Distrito por aí abaixo, diz meia dúzia de patacoadas sem nexo e volta a refugiar-se no seu borralho como um grilo cinzento daqueles que cantam nos borralhos, no Inverno.

Quanto a mim fez um trabalho meritório, em Viana do Castelo, quando decidiu fechar a tourada. Foi ele não foi? Ou estou enganado? Penso que foi ele. Se foi devia ter ficado por aí!

E para rematar, passamos a vida a tentar compreender porque raio há tanta abstenção. Creio que é simples entender. Depois de ouvir durante tanto tempo, tanta coisa sem nexo, em vez de propostas sérias, feitas por gente séria, as pessoas sentem-se enfadadas com tanta caca na verborreia de palavras que cheiram a ranço político (tipo Manuel Alegre) e, sem mais, desistem. Eu estive quase a desistir e recordo-me de embirrar com o Sá Carneiro, noutros tempos por alvitrar o voto obrigatório.

Então é que eu iria todo lixado!

Assim, sempre vou levantando o rabinho da cama, tomar um duchezinho para ganhar forças, espreitar a ver se o meu amigo Apolo me alumia o caminho, enfrentar o frio e lá vou tentar optar pelo que me pareça, na minha óptica, o melhor bom senso.

Também houve a barreira do frio e quando não é o frio, é a praia e, para além disso, hove ainda o fiasco das novas tecnologias em que o Sócrates tanto aposta. No entanto, no meu entender, deveria ser uma aposta mais comedida, mais atempada. Conheci vários tipos com grandes cursos que só faziam asneiras quando queriam mostrar obra. Há um timing para tudo, até para as novas tecnologisa.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Mini-caminhadas

Há muito tempo que não faço caminhadas! Agora passei a fazer mini-caminhadas.

Há dias fiz uma mini-caminhada, em Miraflores, no meio do nevoeiro. Saí do carro, comecei a andar e, como não via nada, era tempo de não cumprir objectivos mínimos, voltei para o carro.

Um peneireiro - Foto Wiki

Sentado no carro, peguei no meu livro, tenho sempre um livro para tempos mortos mas, arrependi-me. Voltei a sair para dar umas passadas, mesmo que perdidas no nevoeiro que as ninfas do Tejo teimavam em não deixar dissipar.

Mal coloquei as pernas fora do carro, senti um barulho de asas, quase silencioso, sobre a minha cabeça e, tentando observar para identificar a ave, vejo um peneireiro a pousar sobre um poste eléctrico, mesmo junto de mim. Liguei a máquina e, enquanto faço os preparativos para clicar, ele observou-me e começou a gritar: "não, não Ventor! Estou chateado, com mau aspecto, ainda não tive tempo para arranjar as penas e, para maior azar, não arranjei nada para o pequeno almoço. É o que tento fazer"!

Disparou névoa dentro e, mais uma dúzia de metros, deixei de o ver. Já não deu para fazer click.

O meu amigo Apolo deu umas cinzeladas no nevoeiro e, meia hora depois, estava eu a ver as minhas amigas perdizes no meio de uns farrapos de nevoeiro que outro caminhante acabou por espantar.

 

Quando cheguei ao Tejo, encontrei três corvos marinhos a secarem-se a um sol fraco de verdadeiro inverno gelado

Nestes últimos dias, tenho-me entretido a observar os corvos marinhos, na margem do Tejo, ou de dentro do carro ou também, em mini-caminhadas e, lá estão eles, uns de asas abertas a enxugarem-se, outros à pesca, para o pequeno almoço ou para o lanche e, no seu compasso de voo imponente, no seu vaivém, rio abaixo, rio acima.

Enquanto isso, limito-me a ouvi-los, todos entusiasmados, no seu "salvé, Ventor"!

Na última vez, fiquei chateado, porque podia ter tirado uma boa sequência de fotos, em mais uma pescaria de um desses meus amigos, mas fiquei sem bateria.

 

 Fui dar uma volta e, quando voltei, só estavam dois a secar-se e um deles, podia ser este, na pesca. Tirei esta foto e acabou-se a bateria ...

Também tenho dado outras mini-caminhadas por aqui junto do Tobias e dos nossos amigos. Com passo de leopardo, consegui apanhar a família Tobias a arrancar minhocas à terra, junto ao ribeiro e o meu amigo Tobias a desenterrar uma minhoca que o fez gastar boas energias a puxá-la. Meti a ponta da lente da máquina na rede e fiquei à espera a ver se ele tirava a minhoca para eu fotografar mas, bati com a lente na rede, ele assustou-se, largou-a e virou-se para fugir mas, encarou comigo e, sem temer nada, voltou a atacar a minhoca de rabo virado para mim e sem medo. O Tobias já é tão meu amigo que, de vez em quando, assobio à melro e ele vem pousar no choupo para uns dedos de conversa.

Um dia destes vi-o em cima do choupo, no meio do nevoeiro, acompanhado de dois gaios. A minha sogra veio-me dizer que o Tobias estava sobre o choupo com outros pássaros grandes. Fui ver e, de repente, todos em uníssono: "salvé, Ventor"! E diz o Tobias: "trouxe-te estes dois amigos"!

Sempre gostei dos melros mas este Tobias é demais.

O Tobias, após esta imagem, virou-me o rabo e continuou a tentar puxar a minhoca. Estava perto, quase à altura da minha cabeça mas, à sombra e eu não lhe quis dar com o flash nos olhos.

Ontem, estava junto à ribeira, sobre uma arvorezinha, rolando a cabeça para todos os lados e mais parecia uma ave de rapina a tentar observar a caça mas, de repente, pelo seu gesto, parecia-me que me observava à janela. Como ele não saía de lá eu chamei-o. "Tobias"! Ele olhou mais afincadamente para mim e eu assobiei à melro. O meu amigo Tobias, sem hesitar, levantou voo e veio pousar, sobre o choupo, ao meu lado.

Olhou-me e disse: "tens de treinar mais, Ventor! Não há melro nenhum que venha à lenga-lenga dos teus assobios. Venho eu porque te conheço"! Mas que desconsolo! Eu a pensar que estava um melro feito!

 Mas estes pretinhos, a que chamam estorninhos, também têm feito parte das minhas mini-caminhadas. Este observava o Ventor. Eles têm umas conversas muito lindas e ajudam-se uns aos outros, estando sempre em alerta total.

 

Um estorninho de prevenção

Eu ouvia o piar muito peculiar de estorninhos. Comecei a observar as árvores e vi este malandreco, só, no topo da árvore, a pôr de sobreaviso os seus companheiros.

Depois, os meus olhos iniciaram a descida da árvore até à relva e acabei por detectar uma série deles na relva, a tomarem o pequeno almoço mas, mal perceberam o sinal deste tipinho, arrancaram, em alvoroço, para outras árvores.

Mas como noutros grupos de animais, há sempre outros mais atrevidos. Este grupelho de esfomeados, conseguiram resistir. Do meio deles, saiu um apelo. "Não fujam que é o Ventor"!

 

Estes estorninhos, tomam o pequeno almoço na relva

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

A 3ª Fase da Minha Geração

É hoje que vou entrar na 3ª. Fase da minha Geração, passo, portanto, a fazer parte activa dos "velhadas"!

Caminhei por Adrão, pelas Montanhas mais lindas do mundo, bebi as águas das minhas fontes no meu "monte Parnaso" que os gregos não tiveram, mas eu tive o Parnaso deles!

Várias fontes brotavam no monte Parnaso dos gregos que se situa nas encostas das montanhas da Fócida a 700 mts sobre o nível do mar e a ceca de 10 kms de distância do Golfo de Corinto. A sua fonte mais famosa foi a fonte de Castalia, num bosque de loureiros onde o nosso amigo Apolo, saindo do seu Templo se encontrava com as musas e as ninfas, onde se dançava, se cantava, se tocava flauta, se ...

De qualquer modo, a fonte da minha Parnaso que brota no Poulo do Muranho, é melhor que a dos gregos.  Se eu o digo, é porque acredito e se eu acredito é porque é verdade.

 

 

Uma foto tirada pela Maria

 

Não é por acaso que existe esta inscrição no Oráculo de Delfos, atribuída aos Sete Sábios da Grécia 650 A.C. - 550 A.C.): 

ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo!

 

Ora eu, penso que me conheço a mim mesmo e, portanto, enquadro-me bem nessa inscrição do oráculo de Delfos. Não era por acaso que, nesses tempos áureos do meu amigo Apolo, já eu caminhava por lá!

 

Mas eu não vou falar do passado de sonhos, aqui, agora. Vou falar do presente e do futuro e vou falar, sobretudo da esperança de futuro para aqueles que, vão rodopiando à minha volta neste mundo atribulado.

Foi nestes últimos 10 anos que vi nascerem estes fofinhos todos e que, espero continuarão a fazer parte das minhas caminhadas.

 

Em Setembro de 2000, nasceu a Joana.

 

 

Já está uma linda senhorinha!

 

Foram 10 anos de partilha nesta janela, comigo e com o nosso Quico. Ela dizia-me sempre: "tio o Quico também é um bocadinho meu, não é"? E era mesmo. Foi sempre! Ia dormir para junto dela e, mal ela acordava, ele aparecia eufórico, na sua linguagem, a dizer que a menina acordara. Não foi por acaso, que nessa fase apareceu a Arrelia do Quico! Entretia-me a mim, à Joana e ao Quico!

 

No Setembro de 2002, nasceu o Tomás - o meu Ajudante de Campo.

 

 

O Tomás está um senhor!

 

Não partilhou esta janela, mas partilhou uns bons pedaços da minha vida, antes e, depois, quando eu o ia buscar à escola. Ele ouvia as minhas músicas no carro e uma vez ouviu a música de Vangelis, a Batalha de Gaugamela, do filme de Alexandre Magno. Conversa daqui,maluqueira dali, acabei por lhe dizer que música era e comecei a dar-lhe, certamente, o seu primeiro cheirinho de História e que, Alexandre Grande era meu amigo. Ouviu, ouviu e, como a outra, a seguir, não lhe terá agradado muito, pediu-me para voltarmos a ouvir a Batalha de Gaugamela. Como achei que ele gostava da música, e a sério, vim um pouco calado, quase um milagre!

De repente veio a célebre pergunta: "tio o Alexandre Magno era mesmo teu amigo"? Foi o bonito e o feio para eu desmontar tudo o que tinha montado, mas saí-me bem e por cima!

A nossa amizade continua e, espero, continuará sempre. Afinal, um padrinho sempre deve servir para alguma coisa! Agora são os avós que o vão buscar e por portas e travessas, vemos-nos menos vezes.

 

Mais tarde, em 2005, nasceu a Maria, a irmã do Tomás.

 

 

Também já está uma senhorinha, a Maria

 

A Maria foi minha companheirinha, algumas vezes, em pequenas passeatas connosco e com a avó e lá ia observando e imitando o irmão, em tudo que ele fazia. Habituou-se a ir connosco, ao café, de vez em quando, beber a sua célebre "pingada".

Mas tudo muda e com a escola as crianças também mudam. Criam novos hábitos, novas amizades, os tempos livres são mais curtos. Nas escolas transformam-se e, acaba por se dar uma espécie de revolução na vida das crianças e das famílias. Às vezes são mudanças drásticas!

 

Depois apareceu a Marta, em 2006.

 

 

A Marta já está uma senhorinha louraça

 

Com ela, a proximidade tem sido mais curta, porque vive mais longe. Infantário, outros convívios, apenas a vemos de vez em quando, quando ela vem visitar os avós, pouco mais. Toca à campainha e diz-me que é o gajo! O gajo fui eu que o inventei pois não gostava de ver gajos a tocar à campainha e, por isso, ela, manhozinha, quando me julga distraído, ding-dong! O tempo é pouco mas, com ding-dong ou sem ding-dong, cabem todos na caixinha do nosso peito.

 

Depois veio o João, em 2008.

 

 

O João, mais um ajudante de campo

 

Tal como a Joana, ele ainda conviveu com o Quico e foi a primeira palavra que lhe ouvi - "Quiquinho"!

O Quico também velava pelo João, mas por fim, doentinho, já não o fazia com o mesmo afinco que o fazia com a Joana. O João queria agarrar-lhe o rabo e eu ralhava com ele, mas eles não se importavam. Quando o João vinha para o meu colo ver as fotos aqui, o Quico também vinha e colocava-se do lado contrário. O João olhava-me e fazia-me perguntas e, quando se calava, o Quico dava-lhe uma marradinha na perna do seu lado para dizer que assim é que estava bem.

 

E a Camila, no mesmo ano do João - 2008.

 

 

A Camila, vai ser uma senhorinha, não tarda

 

A Camila, também gosta de tocar à campainha para me ouvir ralhar com o tal gajo!

Também gosta de ralhar comigo se lhe faço alguma patifaria. O que vale é que ela fica-se sempre pelo "Óooo, tioooo"!!!!!

Passamos o fim de Ano com elas os pais e os avós e, no almoço do dia UM, quando entrei, pareceu-me sentir a casa vazia. Elas tinham partido para outra missão - os outros avós.

 

Agora, nesta nova fase blogueira da minha Grande Caminhada, todos eles caminharão por aqui, a meu lado e é com eles que eu a vou abrir este novo Blog. Com o meu Maralhal, mais novo.

Hello, Maralhal!

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Em volta da Grande Caminhada

Um dia,  disseram-me que estava a trabalhar muito!

E estava! Para quem sofria da coluna, era de mais mas, eu sabia que me iria custar um pouco, passar a não fazer nada.

Tinha a minha esposa muito doente, a minha sogra doente, no rescaldo de uma operação a um pulmão e, o meu Rafinho (coelhinho anão) também doente por velhice.

Haviam condições, na empresa onde trabalhava, que permitiam que as pessoas fossem para casa, condições essas que me abrangiam e a que deram o nome de "Pré-reforma".

Eu estava no topo da minha carreira e o papel que me passou pelas mãos, permitia-me actuar. Dirigi-me ao meu Director, entrei no seu Gabinete e ele sem mais, disse-me: "como raio sabia que eu queria falar consigo? Pedi para o caçarem, em tudo que era portaria"!

«Pois aqui estou e também quero falar consigo. Se ainda estiver dentro do plafond desta coisa, queria ver-me livre de si»!

"Oh, carago! Você é abrangido por isso? Há por aí malta que não me importava de ver pelas costas e vem logo você"! "Venha cá, vamos sentar-nos aqui" e apontou para a mesa de reuniões.

Sentamos-nos, conversamos, vimos os prós e os contras e, ... ele disse-me: "vou ter muita pena mas, para seu bem, vai ter mesmo de se ir embora! Essas condições, você nunca mais vai ter! Nem você, nem eu. Eu também devia ir, podia ir, mas ainda tenho o estatuto de Director, carro, gasóleo, garagem, ... por isso, enquanto me quiserem cá, aguento-me. Mas, um ano, dois no máximo, também vou".

Pois é! Eu também já fiz as contas e cheguei à conclusão que devia ir, mas fui falar com a senhora que trata dos papéis, entrei no gabinete dela mas não estava e a sua malta informou-me que o Plafond já estava prenchido.

"Venha que eu vou lá consigo".

 

Um exemplo de caminhadas sem preocupações de papelada. Apenas caminhar para sobreviver e tentar não morrer 

Eu já tinha os papéis preenchidos e tudo com a ajuda de um Engº. e uma Drª., meus amigos e encarregados desses processos. Também me tinham dito que, só com muita sorte minha, não voltariam a ver-me sentado à minha secretária no ano 2000. A minha última luta, na Portugal Telecom, foi a luta do Millenium! Morreu o millenium e morri eu!

Caminhei, num corredor das Picoas (conhecia-os todos como as palmas das minhas mãos), conversando com o meu Director que bateu à porta do gabinete de onde eu tinha saído antes do nosso encontro. Tirou-me os papéis da mão e disse-lhe: "minha menina, quero que resolva este problema do Ventor. Como é que isso está"? «Este ano o Ventor não pode sair, Sr. Engenheiro, agora só para o ano, tenho o Plafond fechado»! Estávamos no penúltimo ou último dia de 1999. "Não brinque comigo, você sabe como fazer"!

Entramos em 2000 e o Millenium tinha sido vencido, embora com bug aqui, bug ali!

No dia 2 de Janeiro, lá fui eu trabalhar, 3 e 4, também! No dia 4, o Engº. meu amigo que trabalhava num dos andares de cima, viu-me pela porta do elevador. Saíu do elevador e entrou no meu andar e dirigiu-se a mim: "que raio estás aqui a fazer? Tu já não és trabalhador activo da PT"! Fiquei triste  por um lado e contente pelo outro. Triste porque terminara ali, mais uma etapa da minha vida e contente porque sabia que era mais preciso junto dos meus!

Hoje, 5 de Janeiro de 2011, terminou a sub-etapa final! 10 anos dedicados a tudo que me rodeia e, com a preciosa ajuda do meu Quico e do meu Rafinho, companheiros das minhas caminhadas, nesta janela. O Rafinho, o meu coelhinho anão, morreu em Novembro de 2001. Fiquei com o Quico a espreitarmos isto e a inventarmos a nossa Grande Caminhada que espero continuar até um dia. 

Por esse tempo, os blogs do meu amigo NetSapinho, permitiam 15 MB, pouco para quem tinha intenções de usar muitas fotos. Daí abrir Blogs, uns atrás de outros. Mesmo assim, cheguei a deitar posts fora, daqueles mais antigos. Hoje, por essas razões, tenho uma fartura de Blogs. Tento conciliar as coisas mas é difícil. Está tudo espalhado. 

Por isso, com esta minha Grande Caminhada, em Blogs, pretendo apresentar todas as Caminhadas do Ventor, espalhadas por todos os meus Blogs, sejam os Blogs do Ventor, sejam os Blogs do Quico. Tentarei concentrar aqui, neste Blog da Grande Caminhada, o meu futuro blogueiro, mantendo ligados os Blogs que formarão o seu corpo, tentando aglutinar tudo o que me interessa, nesta Grande Caminhada ou então, desenvolver a minha última etapa a partir de agora.

Além dos quatro Blogs aqui focados, tentarei manter os Blogs com os títulos, a Arrelia do Quico e o Planeta Azul .

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

Nasce a 3ª Fase da minha Caminhada

Na minha Grande Caminhada, em Blog, pretendo apresentar todas as Caminhadas do Ventor, desenvolvidas por todos os meus Blogs, sejam os Blogs do Ventor, sejam os Blogs do Quico. Tentarei concentrar aqui, no Blog da Grande Caminhada, o meu futuro blogueiro, mantendo ligados os Blogs que formarão o seu corpo, tentando aglutinar tudo, que ache com algum interesse, neste Blog.

 

A alma das coisas representada nas Artes - posso considerar uma representação do meu amig Apolo

 

Além dos quatro Blogs focados acima, tentarei manter os Blogs com os títulos, a Arrelia do Quico  o meu peluchinho que não mais esquecerei enquanto tiver memória e o Planeta Azul  e sei lá que mais. Tudo nasceu com a Arrelia do Quico e com o Quico. Por isso, não deixarei para trás a ligação ao meu amiguinho uma das coisas mais lindas da minha vida!

Vem aí a última das três etapas das minhas caminhadas - a 3ª fase da minha geração e dela continuarei a falar por aqui!

Para já, continuarei  com todos os blogs mostrados, mais acima, sob o cabeçalho deste Blog - a Grande Caminhada.

Neste Blog, a Grande Caminhada, estou a pensar permitir a intervenção de um lobo a que chamei Marco Dalem e um outro a que chamei Muranho. Os três somos grandes amigos.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

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