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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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Futebol 2011-2012

Pelos trilhos da caminhada do Ventor também passa o Futebol.

Não ligo muito ao futebol mas, também tenho as minhas preferências.

Desde muito novinho, nos tempos que caminhava pela Tasca do meu amigo Carrasco, que ganhei simpatia pelo Futebol Clube do Porto. Depois vim para Lisboa numa época em que o Benfica caminhava pela mó de cima. Batia-se de igual para igual com os maiores do Futebol Europeu e isso animava todos, benfiquistas e não benfiquistas como eu. Como já disse por aqui, tive o privilégio de fazer uns pequenos troços das minhas caminhadas, com o Eusébio, o Zé Augusto, o Torres (que ainda consegui ver na sua tarefa de columbófilo, aqui na Amadora, muitos anos mais tarde), o Coluna, ... e todos os outros. Tempos em que o Benfica era o expoente máximo do futebol nacional a nível de clubes. Tempos em que a Hermínia Silva sabia muito bem fazer o manguito, à portuguesa.

"Oh, José Augusto, fazei-lhes o TOMA" ... (antebraço esquerdo para cima e direito em cima da dobra, ... TOMA!

Era um tempo em que eu era convidado por benfiquistas e bebia o meu cafezinho descansando, no Bar do Café do velho Monumental, junto da equipa do Benfica dos anos 60's, que partia para as grandes batalhas.

Mais tarde, já homem feito, atormentava-me o mau tratamento que os jogadores do FCP, sofriam nas belas ruas de Lisboa. Pensava eu que, Lisboa não merecia ficar tão feia pela acção de benfiquistas que, então, tal como hoje, só posso apodar de nojeiras.

Claro que me podem dizer que, "no Porto também era ou será assim"! Acredito que sim e também não gosto. Não gosto de ouvir e ver, meia dúzia de energúmenos, quaisquer a cor a que pertençam, insultar as regiões e todos aqueles que estão longe de toda a palhaçada futebolística.

Mas eu assisti a isso, foi em Lisboa! E, apesar de saber que também existem essas guerrilhas com o Sporting, nunca as observei tão escandalosas como as que existiam (existem?) com os benfiquistas. Tudo isso me conseguiu fazer desarredar a minha veia quase benfiquista e foi para nunca mais!

Mas eu não vinha escrever nada sobre isso. Vim aqui para falar das minhas duas caminhadas de sofá, neste fim de semana. Ontem à noite, de pés nas pantufas, depois do regozijo de ter assistido à festa de finalista da nossa Princesa - Ana Luísa, que bem se tem esfalfado por isso, dirigi o resto da noite para caminhar, sentado, ao lado do Futebol Europeu - A Taça dos Campeões!

Tudo isto para vos dizer que me cheguei a convencer que, este ano, o Mourinho iria buscá-la, mais uma vez, e desta, para o Real Madrid mas, mais uma vez a bola demonstrou que era redonda e que nem todos sabem acariciá-la na ponta da bota. É mesmo difícil!

Por isso, ontem à noite, fiz a minha opção futebolística. Bebi o meu copo de whisky a torcer pelo Chelsea. Convenci-me que, num jogo de futebol há duas rainhas, a da defesa e a do ataque e ambas  fazem parte do futebol total. Defender quando temos de defender e, atacar quando temos de atacar. São condições reais em que um dos contendores terá de sair campeão. Por isso, apesar do Bayern ter jogado mais a fazer pela vitória, reconheço que o Chelsea também jogou muito a fazer pela defesa. Depois, logo se veria. Terá sido pelos portugueses que lá jogam que o meu interior torcia pelo Chelsea. Lá conseguiu a vitória e animar o Roman Abramovich. Vivas ao Chelsea!

Aqui, em Munique, este estádio é uma maravilha da tecnologia. Está sempre aberto pois em todos os anéis existem lojas comerciais

Hoje, de tarde, mais uma vez, de pés nas pantufas, convencido que o Sporting iria ganhar a Taça com mais ou menos dificuldades, comecei a pensar: "se a Académica, a brincar ou a sério, arrumou o meu FCP, em Coimbra, por três a zero (3-0), porque raio não haverá de ser capaz de arrumar o Sporting, no Estádio Nacional"? 

Bebi um bom whisky e disse para os meus botões: "força Académica"! E a Académica teve força para arrumar muito bem o Sporting!

Pudera! Eu tinha pedido aos estorninhos para apoiarem nos seus voos, durante o jogo, a Académica que era preta como eles. Disseram-me para ficar descansado e eu fiquei.

O mais engraçado é que, mesmo sem viver obcecado pela bola, dei comigo a dizer, antes do jogo que, seria ouro sobre azul, se a Académica ganhasse a Taça hoje. E foi!

O Estádio Nacional, podia ser uma beleza de Portugal. Pelo menos o ambiente, é

Viva a Académica!

Eu partilho da vossa festa.

 

 

Casa Velha.jpg

A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira