... à escala europeia.
Para mim, a guerra do futebol começou em Adrão, na tasca do meu amigo Carrasco, como já tenho dito por aqui.
Depois, fui seguindo os seus trâmites, sempre com calma e, por vezes, com alguma acutilância, dependendo sempre dos contendores que apanhamos pela frente.
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O livro do FCP, "Campeão dos Campeões", que descreve as grandes vitórias de 1987
O meu máximo no futebol foi atingido aqui, neste jogo de Tóquio cuja foto serve de capa a este livro, "Campeão dos Campeões", livro que um portista teve a amabilidade de me oferecer, juntamente com a cerâmica da Revigrés, com a vitoriosa equipa do Futebol Clube do Porto de então e a assinatura de todos os jogadores. Um tesouro na minha caminhada. O jogo de Tóquio, foi o meu jogo de Futebol! Era o meu FCP contra um dos tubarões do futebol da América do Sul - o Peñarol! Há nomes que nos merecem respeito e o mesmo acontece no futebol. O Peñarol é um dos clubes famosos neste mundo futebolístico. Um nome que não me deixou dormir nessa célebre noite de Tóquio, a noite da neve! Mas o FCP soube disciplinar a neve e trouxe a Taça Grande (a Intercontinental) com ele. Foi a primeira!
O Estádio do Dragão
Com as vitórias do Futebol Clube do Porto de então, vieram outras e homens que nunca esqueço, como o Pinto da Costa, o José Maria Pedroto, o Artur Jorge e, sem esquecer os célebres jogadores, nacionais e internacionais que foram passando pelo FCP e com novas "Vitórias", como a Supertaça Europeia, a Taça UEFA, a nova Taça dos Campeões, e mais outra intercontinental, outra vez Campeão dos Campeões!
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Uma espécie de futebol de que há conhecimento, é do Séc. II a I A.C., na China, mas pouco se sabe sobre o assunto. Por isso, é melhor esquecer que os Chineses foram os primeiros a jogar futebol. Não foi preciso ciência nenhuma para a rapaziada de Adrão inventar uma bola de trapos e partir para a liça!
No Japão, pintura de Qian Xuan (1235-1305)
No Japão, como mostra essa pintura, também se jogou à bola e parece mesmo de couro mas pouco se sabe desse futebol.
Era assim , nesta praça Florença, em 1688
Depois veio o cálcio! Como se pode ver pela foto, já havia assistência na festa do futebol, nesta bela praça de Florência no séc. XVII. Já mais próximo do nosso tempo apareceu a velha Albion a dar pontapés na bola e a tentar organizar essa brincadeira com cabeça, tronco e membros e, de passada foram inventando regras e assim surgiram as dimensões dos campos com vários tamanhos. Não fosse isso e o futebol levaria mais tempo a ser rei das gentes, do mundo inteiro hoje.
Com as dimensões dos campos e os pontapés na bola, vieram mais regras. Os livres, os penaltis, os cantos, as expulsões e todas as outras. Assim, todo o mundo foi girando em redor deste mundo (alienado dizem muitos) do futebol.
Foto dos "Slavek&Slavko", mascotes do Euro 2012, na Polónia-Ucrânia.
Uma foto de Roger Gorączniak. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons - Atribuição 3.0. Não Adaptada
Ouço muitas vezes dizer que as pessoas vão ao futebol descarregar as suas frustrações. Não acredito nessa versão. Não acredito que o futebol seja remédio para frustrados. Eles serão sempre frustrados e descarregarão sempre as suas frustrações em todas as esquinas da sua vida. Mas isso é a conversa dos pseudos anti-futebol. Os autênticos frustrados têm tendência para se enroscar sobre si mesmos e denegrir o futebol como se o futebol fosse um grande mal deste mundo. Não é, não! Não é porque só vai ao futebol quem quer. Seria um mal se toda a gente fosse obrigada a lá ir. Mas eu não sou obrigado a ir a lado nenhum e menos ainda ao futebol.
Seria uma pena se assim fosse mas não é. Portanto, deixem o futebol em paz! Se não gostam da Selecção Nacional, dediquem-se aos vossos clubes e, se também não gostam deles, esqueçam-nos. É tão simples!
Mas, aqueles que gostam e tentam seguir, tanto quanto possível, a Selecção Nacional, espero que não se sintam tão frustrados ao ponto de exigirem, a si mesmos, a necessidade absoluta da vitória.
Isso é um assunto que cabe, apenas e só, à capacidade e determinação dos nossos jogadores e não devemos esquecer duas coisa: os outros também estão lá para isso e, a uma equipa só, vai caber a conquista do troféu.
Por isso, meus amigos, como filhos de Deus que todos somos, tenham calma. Olhem os sorrisos dos Slave e Slavko e tentem fazer como eles. Acalmem-se!
Espero que tudo corra bem no Europeu 2012 e, se a nossa Selecção trouxesse a vitória final, então seria óptimo. Mas se isso não acontecer, não será nenhum drama.
Só me resta desejar-lhes a todos, boa sorte.