Sexta-Feira Santa ...
... uma caminhada pelos arredores da serra da Arrábida.
Os morriões azuis ...
... e a erva das sete sangrias, observam o Ventor
Nesta altura do campeonato, o Ventor bem se desunha para conseguir acertar o passo e fazer, normalmente, as suas caminhadas. Infelizmente as coisas não caminham como seria do seu agrado e substituiu as suas caminhadas por um ou outro andamento mais pausado.
Ao fim de um andamento calmo e pouco apressado mas, com cerca de 3 horas sobre as pernas a fustigar a coluna lombar, a coisa não fica bem. São horas de dores intensas mas suportáveis porque não prende as pernas. Só dói! Mas, claro, ninguém gosta de dores, nem o Ventor! Em Agosto passado, era a dor e a prisão de movimentos, por isso, a minha terrível e difícil caminhada à Pedrada. Custou, mas foi, como diz o outro.
As sargacinhas amarelas ...
... e as sargaças das areias
Não gosto de estar sentado, gosto de andar, só se não puder! A alternativa é estar estirado numa cama, num sofá ou numa alcatifa mas, para mim, nada melhor que uma caminhada, especialmente, se ela me proporcionar os belos momentos oferecidos pela Natureza.
Caminhar por trilhos lindos, cercados de verde e todos floridos, ouvir cantar os pássaros nas árvores e nos arbustos, ver as lagartixas esgueirarem-se por entre as ervas, os escaravelhos apressarem-se para não serem pisados e ver as borboletas tentarem as flores mais vistosas, isso sim, é a minha maneira de agradecer aos deuses as belezas que nos são propiciadas pelo nosso Planeta Azul. Foi assim, nesta Sexta-Feira Santa de 2014. Por isso, não tenho só de agradecer aos deuses mas, também, a quem me proporcionou essa possibilidade.
Caminhei por entre o rosmaninho, por entre diversos carrascos floridos, por entre as abróteas, os craveiros do monte, as silenes, as ervas das sete sangrias, por entre os jacintos penachudos, os morriões azuis, os saganhos-mouros, as estevas, as roselhas, as sargaças das areias, os sargaços, os pilriteiros, as primaveras, as flores da borragem, as centáurea, as sargacinhas, as tremocilhas amarelas (faltaram-me as azuis) e tantas outras que caminharam a meu lado.
As silenes ...
... e as ericas, as minhas carrasquinhas rosadas
Também fui curiosidade das águias que, por três vezes tentaram acompanhar a minha caminhada por entre os sobreiros e só fotografei o rabo de uma. Também tive a companhia de rouxinóis, de trepadeiras azuis, de uma pega (?), julgo eu pois não a vi com a clareza para a identificar.
Foi uma beleza, ter a companhia de tantos amigos, integrados nas maravilhas coloridas que, vivendo e morrendo vão sempre saudando o meu amigo Apolo e o Ventor.