O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas. Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...
Devido à seca e não só! Pela seca, para mim e para todos nós, mesmo para aqueles que pensam que não. Mas, apesar de tudo, tem sido um ano de aprendizagem. Quase que sou especializado em vários sistemas de comunicações. Várias linguagens!
Este ano, aprendi dois sistemas novos e hoje mesmo, recordei um que já quase tinha esquecido. Este ano, nas minhas pequenas ou grandes caminhadas, aprendi o sistema de comunicações utilizado pelos pica-paus malhados e aprendi o sistema de comunicações utilizado pelos gaios. Estes, tenho-os seguido desde o ano passado. Não me deixam fotografá-los mas já os entendo!
Mas hoje, quando andava atrás de uma pega para fotografar, ouvi uns sons esquisitos mas ao mesmo tempo familiares! Larguei a pega, desobediente, e fui atrás dos sons. Achei que fiquei apático ao ouvir aqueles sons enquanto os meus carrilhões procuravam entendê-los. Afinal era tão simples!
Ao prosseguir no encalço dos sons, vi mais lá à frente uma perdiz a atravessar o caminho. Depois outra e outra e mais outra! Eu sabia que andavam por ali pelo menos três perdizes. De repente vi que eram quatro que atravessavam o caminho o que indicava pelo menos mais uma. Tinha começado com duas em Março e depois voltei a vê-las. Sabia que elas teriam ali o ninho, mas procurei não as perturbar. Entre a minha avidez pelo ninho para fotografar com os seus ovos, ponderei e não o procurei, para que elas tivessem o seu rumo normal. Pelo menos que não fosse eu a estragar tudo.
As perdizes atravessam o caminho à minha frente, mas longe
Mas hoje, certifiquei-me, ao ver aquelas quatro perdizes que o som teria a ver com uma catrefa delas. Foi o que aconteceu. Era um grande bando de perdizes em comunicação. Lembrei-me que aquele som era o que ouvia quando pequeno caminhava pelas minhas montanhas. Desde que os perdigotos me apareciam aos pés até desapareceram nos matos, tudo acontecia após aquele som. Este som faz lembrar aquele que é utilizado pelos humanos. "Umas palmadas que batem e, de repente, uma voz: meninos, vamos a dispersar"!
Depois, alguém que descia em sentido contrário tirou-me a oportunidade de as fotografar como eu gostaria
Fiquei sem a foto da pega e sem a foto ideal das perdizes, mas fiquei contente por saber que as perdizes ainda continuam na roda da vida, e que aquele casalinho de amigos tiveram os seus meninos. Hoje, já grandes!
A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira
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4 comentários
Anónimo
01.08.05
Obrigado, Sandra, por bateres à minha janela. Bjs. para ti também.Ventor (http://ventor.blogs.sapo.pt/) (mailto:ventor@sapo.pt)