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As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

As Caminhadas do Ventor

Pelos Trilhos da Memória

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O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...


Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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25.07.06

Montanhas Lindas - Castro Laboreiro


Ventor

Castro Laboreiro

Em mais uma das minhas caminhadas por Castro Laboreiro, quero deixar aqui a minha homenagem a estas gentes serranas e às suas belezas.

Pouco conheço de Castro Laboreiro a não ser tudo o que me contam, tudo o que leio e de uma ou outra passagem por lá no deambular dos tempos. Mas posso dizer-vos que toda a região de Castro Laboreiro é um monumento. Desta vez descobri outro monumento: “o borrego grelhado”! Mas, não vos vou falar do borrego grelhado nem do Restaurante Miradouro. Vou falar-vos de Castro Laboreiro no seu todo. Nos penhascos (que dizer dos seus penhascos?), das suas gentes e da minha grande desilusão!

Uma beleza na serra

 

 Belezas de muitas centenas de anos
 
Os seus penhascos são um monumento a toda a Natureza! Eu sei que, por entre os seus penhascos, enquanto caminhavam os séculos, caminharam também as suas gentes. Gentes de muitas raças que foram rodando por muitos dos cantos desta Europa. Hoje continuam a caminhar por Castro Laboreiro, as suas gentes e outras gentes deste mundo que chegam e partem em camionetas de turismo. E vale a pena o passeio! Os descendentes de Castro Laboreiro que, certamente, tal como os de Adrão, estarão espalhados por esse mundo, por outras terras com outros penhascos, também gostarão de voltar para ver a terra de seus pais e avós. Todos fomos levados na chama de um Dragão chamado Diáspora, mas vamos voltando sempre até ficar ou até partir para nunca mais.
 
Eu caminho cantando ao som dos seus ribeiros
 
Mas o que mais se nota por Castro Laboreiro, são os sinais dos tempos longínquos, como os moinhos da minha amiga Flora e as pontes dos nossos amigos romanos para atravessar em segurança para a outra margem. Eu vi algumas das suas pontes sobre riachos de pouca água, ou de tempo estival, que são autênticos monumentos nacionais. Deslumbrei-me com as águas límpidas caminhando e cantarolando de rocha em rocha, esquivando-se por entre os carriços, ao mesmo tempo que homenageavam os arcos romanos que sobre elas se escanchavam ao mesmo tempo que os penhascos de granito se inclinavam para espreitar os trabalhos das gentes que há milénios por ali caminham. Estou-me a lembrar do arqueólogo galego, Pablo Novoa e os seus estudos das imagens das pedras. Não nos esquecendo que, por ali, a erosão destrói tudo, porque não?
 
Aqui o betão protege o moinho
 
Outros monumentos que não posso deixar passar são os carvalhos esburacados e podres de velhos que duros e erectos ou retorcidos, lembrando corcundas, faziam uma vénia à passagem do vosso amigo Ventor. Creio mesmo que, à sua volta, os duendes dançavam e cantavam misturados com almas de gentes que à sua sombra se abrigavam em dias de calor como este que por lá passei. Eles são dignitários da companhia dos velhos druidas (ou congéneres) que certamente nasceram e morreram por estas terras antes de os romanos e outros chegarem e, tal como eu, muito olharam os seus nobres carvalhos, vibrando.
 
O calor era muito, mas só olhar os charquinhos já atenuava
 
Mas também tive a minha desilusão! Passar por Castro Laboreiro, correr todos os lugares ou quase todos espalhados por entre os seus penhascos e não encontrar nenhum dos seus belos cães, foi para mim uma desilusão. Conheço alguém que veio da América com a ideia de levar um cão de Castro Laboreiro e só de ouvir falar deles, pois não conhecia nenhum, ainda mais desiludido fiquei por lhe ter pedido para não levar nenhum cão porque eles eram dali, daqules belos montes e não quereriam nada estar fechados num quintal do tio Sam, pois prezavam a sua liberdade! Ela já não vai querer mais um cão de Castro Laboreiro e eu não voltarei mais a Castro Laboreiro com o fito de ver um só dos seus belos cães e sempre fiéis amigos. Nunca me esqueço da história que o meu pai me contava desse cão de Castro Laboreiro, chamado Jolim e que o meu Quico reconta na página: «Quando os Lobos Descem a Serra».
 
 
Como podem verificar são belezas de ontem e de sempre.
 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Ventor

    30.10.06

    Olá, Gocho!
    O meu texto não é um elogio histórico-cultural de Castro Laboreiro! Por acaso, acho que isso deve ser apanágio das suas gentes e pelo que concluo serás daí. Podias ter colocado o teu link para poder apreciar os textos! Aparece sempre.
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