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As Caminhadas do Ventor

... por aí

As Caminhadas do Ventor

... por aí

No cabeçalho, a ponte romana de Cangas de Onis, sobre o rio Sella. Uma maravilha por onde caminharam romanos, árabes e tantos outros.


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Um lago de Covadonga que retrata as belezas dos Picos da Europa, nas Astúrias


O Ventor saiu das trevas para caminhar entre as estrelas.
Ele continua a sonhar, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continuará a ser belo se os homens tentarem ajudar...

Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!

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As minhas Sete Maravilhas

Vou aceitar parte do desafio da Adriana a nossa (Tiririca do Brejo) e colocar aqui as minhas Sete Maravilas que me têm encantado neste mundo.

Porém, não irei nomear outros 7 que exponham aqui as suas 7 maravilhas, porque à primeira qualquer cai e à segunda só cai quem quer e eu posso ser tudo menos "pato"! Posso é pedir a todos que por aqui passem para nos falarem, se quiserem, das suas Sete Maravilha.

Então aí vão as minhas grandes Sete Maravielas deste mundo cuja numeração apenas quer dizer que são sete e nada tem a ver com uma ordem de valores.

1 - Uma das minhas Sete Maravilhas, é acordar cedo e espreitar pela janela a Estrela da Manhã. A minha querida amiga Vénus;

2 - Outra é subir as minhas Montanhas Lindas, sentindo, no nariz, a aragem fresca da manhã, de um dia que vai ser quente, enquanto o manto do meu amigo Apolo vai descendo a montanha, caminhando até mim ;

3 - Caminhar ao sol de um dia fresco de Primavera, em prados de fenos viçosos, cheios de flores, por sobre as quais esvoaçam muitas borboletas e, enquanto inspiro os perfumes de tudo isso, nos arbustos das sebes divisórias, encontrar ninhos de passarinhos com ovinhos ou "pitinhos" de bico aberto, esperando a chegada dos seus papás com a alcofa do almoço, nos bicos;

4 - Ou então, fazer uma caminhada mais por cima, entre os carvalhos, observando mais em baixo, os tais prados floridos, ao mesmo tempo que vou inspirando o perfume do láudano que sai das folhas verdes e viçosas da árvore rainha dos meus amigos Druidas;

5 - Mas, posso apreciar mais uma das minhas Sete Maravilhas se caminhar mais em baixo, descendo ou subindo o rio, por entre o viçoso carriço, à sombra dos salgueiros e outros carvalhos, por entre os quais se infiltram as silvas, que coloridas de flores que já foram, se apresentam agora coloridas de amoras, vermelhas, amadurecendo ou negras, já maduras. Ah, minha amora negra! Em baixo, entre as amoras, nas águas límpidas o belo cheiro do lodo, sobre o qual desfilam as trutas:

Hoje apetece-me deixar-vos amoras

6 - Subindo nas minhas Montanhas Lindas, posso assistir a outra Sétima Maravilha, ao ver caminhar a meu lado, à frente ou sobre a cabeça, todos aqueles que o Senhor da Esfera lá colocou. Aquele é o seu mundo! Ver um coelho especado a olhar-me, ver os sardões no seu direito de acolherem o nosso amigo Apolo, ver o lobo galgar as lages, ou as águias fazerem acrobacias, é uma das mais belas maravilhas que a Natureza, neste mundo, tem para nos oferecer.

7 - Deixei para o fim, juntas numa única Maravilha, todas as obras que nossos maiores nos deixaram, a que chamo  - a obra humana - e que pode compôr-se de uma simples ruína à mais audaciosa de todas que podemos encontrar entre nós. Para mim, podem ir de uma casa velha numa serra alentejana, ou um grupo de cortelhos nas minhas Montanhas Lindas, como os Cortelhos do Muranho, sem esquecer obras como as tais realizadas com o "amor de pedra feito".

Agora sim! Já vos posso desafiar a todos a falarem das vossas Sete Maravilhas.

 

 

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A casa velha, implantada na serra do Cercal, debruçada sobre o rio Mira

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