Repensar a Europa
Meus amigos,
Sempre fui um defensor da Europa Unida. Não com certezas absolutas mas com o pensamento de que a unidade faz a força. Hoje tenho sérias dúvidas de que a Europa, a tal dos 27 ou vinte e não sei quantos, tenha algum interesse concreto para Portugal.
Eu sei que, em tempos, houve um homem que se habituou a mamar nos tectos da Europa, aquele que via em Miterrand um amigo o tal que se eufanava de "son ami Miterrand". Não vou falar dele porque acredito que todos que se debruçam sobre a Europa sabem de quem se trata e, também sei que a culpa não será só dele. Todos alinharam com ele, isto é, todos estavam dispostos a mamar nos mesmos tectos que ele tinha mamado. É assim que eu sempre o vi: mamando nos tectos de son ami Miterrand e da Europa, tudo em nome do socialismo, um socialismo só dele e de "sons amis", inclusive de Cavaco e Silva que foi atrás sem tossir nem mugir.
Eles fizeram acordos que só interessavam à Europa (alguns países da Europa) mas convenceram-se ou foram convencidos que também interessavam a Portugal. Com esses acordos destruíram as nossas indústrias, a nossa agricultura, as nossas pescas (?). Não sei que promessas terão sido feitas ou se, realmente, os nossos políticos de então foram tão parvos. A única coisa que, depois de tudo isso, eu tenho assistido, é que a Europa, a tal que eu ainda acreditei, nos tem mandado às malvas. A nós, aos espanhóis, aos italianos (todos beneficiados com a nossa entrada), aos gregos - os mais desgraçados de todos, segundo me parece.
Não é por acaso que os alemães estão sempre contra algo que possa beneficiar os países ditos do sul. Se não forem eles, têm os seus peões de brega, como os holandeses, os austríacos, os finlandeses ou outros. Actuam directamente ou por interposta pessoa. Eu tenho lamentado a postura holandesa nesta questão da luta contra o corona vírus ou covid-19 mais que as atitudes alemã, austríaca, finlandesa ou outras.
Europa
Espero estar enganado mas, pelo caminho que isto leva, ainda no meu tempo, que já é curto, eles tentarão mamar nos países do sul, perante a eventual destruição dos diques com que pretendem manter-se afastados do mar. Ou perante outra catástrofe qualquer. Se a minha mente nessa altura fosse a que possuo agora, deixava que eles se tentassem ver livres desse divertimento do meu amigo Neptuno (nome romano) ou Posídon (nome grego).
Posídon
Mesmo assim peço ao meu amigo Posídon para me deixar divagar e não se meter nisso, pois não posso confundir o povo holandês com os seus políticos. Ou posso?
Bem, o melhor é todos repensarmos a Europa mas com dignidade!